O recurso será diretamente destinado para a unidade hospitalar Santa Ângela
O possível fechamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Santa Ângela de Tangará da Serra, que atende pacientes do Serviço Único de Saúde (SUS), devido à falta de repasse do governo do Estado, foi amplamente discutido nesta quarta-feira, dia 26. A situação foi, inclusive, divulgada pelo Diário da Serra e por médicos ligados a unidade hospitalar.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou nota informando que já providenciou a Portaria que autoriza o pagamento de serviço de UTI para o município de Tangará da Serra ainda neste mês de junho, com destinação do recurso diretamente para a unidade hospitalar Santa Ângela.
De acordo com áudio encaminhado pelo deputado estadual e presidente da Comissão da Saúde da Assembleia Legislativa, Paulo Araújo, após tomar conhecimento da situação se reuniu com o Secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, que confirmou o pagamento em torno de R$ 1 milhão destinado à manutenção dos leitos das UTI’s, já para esta quinta-feira, 27. O valor refere-se aos meses de janeiro, fevereiro e março.
Ainda na manhã desta quarta-feira, o deputado estadual João José de Matos, se reuniu na SES, acompanhado do assessor especial da Casa Civil, Wagner Ramos, além de representantes do Hospital Santa Ângela para reivindicar o pagamento dos repasses.
O assunto gerou grande repercussão nas redes sociais, após compartilhamentos feitos por médicos relatando sobre o possível fechamento da UTI Neo Natal, em razão do atraso de pagamentos do Governo do Estado, que não eram feitos há sete meses. O Hospital, atende Tangará da Serra e outros 34 municípios da região.
MAIS ATRASOS – Devido à preocupação com o fechamento da UTI Neo Natal do Hospital Santa Ângela, a gestão do Hospital e Maternidade Clínica da Criança, entrou em contato com a reportagem do Diário da Serra lamentando a situação e lembrando que há 12 meses os serviços de terapia intensiva neonatal do HMC foram interrompidos.
O motivo, conforme explicou via e-mail, o gestor do HMC, Éder Lúcio de Souza, teria sido em decorrência dos valores pagos abaixo dos custos operacionais, e sucessivos atrasos nos pagamentos pelo Estado, culminando assim na interrupção dos serviços.
Mas mesmo assim, o Hospital se colocou à disposição das autoridades competentes, para discutir uma possível reativação dos serviços e desta forma garantir o atendimento das crianças de Tangará da Serra e região.