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Frigoríficos são habilitados a exportarem para a China

Paulo Desidério / Redação DS 12/11/2019 Geral

Nova Marilândia e Pontes e Lacerda foram contempladas

Estima-se que haverá aumento no abate

A ministra Tereza Cristina anunciou nesta terça-feira, 12, durante a abertura do Agrobit Brasil 2019 em Londrina-PR, que outras 13 plantas frigoríficas brasileiras foram habilitadas para vender carnes à China. A informação foi dada com base em comunicado feito pelo GACC, órgão sanitário chinês, que foi enviado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), comandado por Tereza.


No estado de Mato Grosso, a União Avícola em Nova Marilândia e a Marfrig de Pontes e Lacerda foram as plantas agraciadas com a notícia. É válido lembrar que em setembro, sete frigoríficos mato-grossenses já haviam sido habilitados, dentre eles a Marfrig de Tangará da Serra e a Naturafrig, de Barra do Bugres.


O empresário do ramo e ex-senador Cidinho Santos comemorou as habilitações, argumentando que toda a região tem a ganhar. “É importante para Mato Grosso e para nossa região também, porque a China é um mercado de muito consumo, a população é de mais de 1,3 bilhão de habitantes e dentro da peste suína, estão demandando muita carne importada do Mato Grosso. Isso aumenta as arrecadações, a geração de empregos, especialmente no médio norte”, pontuou.


Estima-se que haverá aumento no abate nestes frigoríficos, semelhante ao ritmo adotado pela Marfrig de Tangará da Serra, com o dobro do que se trabalha atualmente. “A previsão da empresa é dobrar isso para 280, 300 mil aves por dia nos próximos dois anos. Isso no mercado potencializa e nós devemos aproveitar a oportunidade”, completa, ao referir-se a Avícola de Nova Marilândia.


Já no penúltimo mês do ano, Cidinho avaliou como foi 2019 para o empresariado do ramo. Para ele, a grande dificuldade vivida em 2018 não se repetiu neste ano, o que gera expectativa de um 2020 ainda melhor.


“Em 2019, já a partir do segundo semestre, com a questão da peste suína na China, aumentou o volume das empresas. Quem já era habilitado aumentou o volume e isso permitiu também que tirasse um pouco do volume do mercado interno. Então, está sendo um ano bem positivo para o setor, apesar de estar tendo aumento na gasolina, no diesel, no farelo de soja e etc. É bom quando é bom para todo mundo, para o setor da proteína animal e também para o setor da proteína vegetal. Não adianta ser bom para um e não ser bom para outro. Para o ano que vem, a expectativa é de crescimento”, concluiu.

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