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NATIVOS DIGITAIS

Eunice Alves Pereira Teixeira; Geni de Fátima Bilinski 13/11/2019 Artigos

Quem tem um celular nos dias atuais, saiba que tem em mãos um dispositivo com capacidade de processamento superior ao computador da NASA que colocou o homem na lua

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Em 2001, o termo nativo digital foi utilizado pela primeira vez por Marc Prensky, escritor e palestrante americano em educação. A expressão foi criada no início do século XXI para definir aqueles que cresceram em uma cultura digital e que, por isso, teriam habilidades diferenciadas, como processar múltiplas vias de informação e usar intuitivamente as ferramentas tecnológicas. Com a evolução da interação das pessoas com as tecnologias e com o espaço que os dispositivos eletrônicos e ferramentas digitais foram ganhando no cotidiano da humanidade, o significado do termo nativo digital tem sido muito discutido. Diferente daqueles nascidos antes do advento da internet e que vivem a transição do mundo analítico para o digital, as crianças atualmente já nascem imersas no mundo tecnológico. Melhor do que barrar o uso ou ser avesso à aplicação de novos métodos é ensinar aos alunos um uso proveitoso dos recursos disponíveis. Quem tem um celular nos dias atuais, saiba que tem em mãos um dispositivo com capacidade de processamento superior ao computador da NASA que colocou o homem na lua. Mas, qual o uso que estamos dando a ele, incentivar o uso consciente da tecnologia é tornar o aluno mais do que um simples usuário ou espectador desse recurso. É dar a ele suporte para ir além, explorar, criar e ser inventivo.  É papel fundamental da escola preparar o aluno para o mundo moderno que, querendo ou não, é ditado pelo uso massivo da tecnologia. Em vez de impedir o uso, devemos usar o espaço da escola para estimular e educar para o uso adequado desse recurso. No entanto, é preciso saber que, utilizando a tecnologia, estamos entrando no campo de conhecimento do aluno, haja vista que muitos deles possuem um domínio maior que o dos professores. É um lugar onde ele se sente à vontade para ser inventivo e usando ferramentas habituais como computadores e celulares em prol da educação. A tecnologia deve estar presente de forma crítica na escola. Os recursos digitais devem ser aliados às práticas de ensino e ao projeto pedagógico. Além disso, é essencial educar para saber discernir a informação correta dentro de um mar de dados e entender que a internet vai além do Google ou das redes sociais, a nova pauta é saber qual a melhor forma de usufruir desse recurso e como vamos alfabetizar nossos alunos para a linguagem tecnológica.

Eunice Alves Pereira Teixeira, formada em pedagogia pela FAEST Tangara, pós-graduada em psicopedagogia.
Geni de Fátima Bilinski, formada em pedagogia e pós-graduada em psicopedagogia institucional e clínica.

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