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Juiz manda colocar tornozeleira eletrônica em Rogers Jarbas

Hiper Notícias 18/11/2019 Polícia
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O juiz de 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, mandou colocar tornozeleira eletrônica no ex-secretário de Segurança Pública Rogers Jarbas. A decisão é da última quinta-feira (14) e serve para que o delegado não se aproxime dos investigados no esquema de interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso, denominada "Grampolândia Pantaneira".

 

Os pedidos foram feitos pela coordenadora da investigação, Ana Cristina Feldner e da delegada Jannira Laranjeira. As autoridades, de acordo com informações, representaram pela prisão do delegado aposentado, sob alegação que o ex-secretário estava atrapalhando as investigações.

 

No entanto, o magistrado decretou apenas as cautelares. Além do uso da tornozeleira, Rogers deverá estar em casa no período noturno, nos finais de semana e feriados.

 

A instalação do aparelho deverá ser implantada nesta segunda-feira (18), no Fórum de Cuiabá. A reportagem do HNT / HiperNotícias não conseguiu contato com a defesa do ex-secretário.

 

Aposentadoria

Em uma edição extra do Diário Oficial, que circulou no dia 1º de novembro, o governador Mauro Mendes (DEM) aposentou Jarbas, aos 45 anos, por tempo de contribuição.

 

A aposentadoria por tempo de contribuição levou em conta 31 anos e oito meses de trabalho. O ato de aposentadoria também é assinado pelo diretor-presidente da Mato Grosso Previdência (MT-Prev), Elliton Oliveira.
 
Rogers Jarbas nasceu no dia 31 de janeiro de 1974, na cidade de Penápolis, São Paulo. Atualmente com 45 anos, se levado em conta o tempo de serviço averbado, é possível afirmar que o delegado começou a trabalhar com aproximadamente 14 anos.

 

Arapongagem

O caso das interceptações telefônicas clandestinas emergiram há três anos, e tiveram como principal mote uma denúncia do promotor de Justiça Mauro Zaque, que deixou a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Ele revelou o caso, levando-o ao conhecimento do então governador Pedro Taques.

 

Segundo a denúncia, policiais militares e integrantes da cúpula do Governo do Estado mantinham escutas telefônicas grampeando as linhas de políticos, empresários, juízes e jornalistas.

 

Para conseguir autorização judicial, os números eram anexados a uma lista para interceptação de pessoas investigadas por tráfico de drogas na Comarca de Cáceres. O esquema também era conhecido como “barriga de aluguel”.

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