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Represas da ETA Queima Pé começam a recuperar nível de água

Fabíola Tormes / Redação DS 21/11/2019 Geral

Melhoria possibilitou o retorno normal do abastecimento

Represas começam a recuperar nível de água (Foto: Enfoque Business)

Represas da ETA Queima Pé começam a recuperar nível de água

Desde a última sexta-feira, dia 15 de novembro, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) retomou o abastecimento regular em Tangará da Serra. A informação, porém, do fim do racionamento, após 62 dias do seu início, só foi confirmada em coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira, 21.


Na oportunidade, o diretor da autarquia, Wesley Lopes Torres, afirmou que a decisão foi tomada diante do retorno regular das chuvas, após seca intensa que prolongou o período de estiagem, afetando gravemente a principal fonte de abastecimento da cidade, o rio Queima Pé, que começa a se recuperar. “As chuvas que tivemos na quinta-feira da semana retrasada, no domingo passado e na terça-feira, realmente, foram os grandes diferenciais. Foram três chuvas de grande volume, que, de fato, melhoraram a vazão dos rios e houve a possibilidade de voltar a fazer reservação”, comemorou o diretor, ao lembrar que o racionamento emergencial em Tangará da Serra foi decretado no dia 13 de setembro, iniciando assim o abastecimento por setores, em dias alternados. “De fato a medida se mostrou resolutiva”.


Agora, com o retorno das chuvas, o Samae retomou o abastecimento regular. “O fator que nos trouxe segurança hídrica nesse período de estiagem foram os investimentos feitos junto da ETA, as novas represas que foram executadas. Desde o dia 28 de julho que o rio [Queima Pé] não tinha vazão suficiente para a demanda da cidade. Desde ali a gente começou a usar a reservação, para complementar essa vazão, que se mostrou eficiente por 80 dias. Os lagos que foram construídos junto a ETA fizeram essa complementação por 80 dias. Não fosse esses lagos, esses investimentos (…) esse ano teríamos tido uma situação bem difícil em Tangará da Serra”, destaca.


Nesse período de racionamento, frisa Torres, além das águas das represas da ETA, foram usadas também as represas particulares – do Levi e Pezzini, como recursos de segurança hídrica. “Do Giocondo não foi utilizada e acredito que não precisaremos, pois recuperamos bastante o nível do nosso reservatório, que nos dá a probabilidade da suspensão do racionamento”.


Apesar do retorno normal do abastecimento, Torres alerta para continuação do uso racional da água. “O desperdício e o uso racional da água ainda será combatido pelos nossos fiscais servidores”.


Obras de água captação do Sepotuba iniciam em 2020

Redação DS

Para resolver definitivamente o problema relacionado ao abastecimento de água em Tangará da Serra, o diretor do Samae, Wesley Lopes Torres, reafirmou que a captação e adução de água do rio Sepotuba é a prioridade.


O projeto, que envolve uma adutora de 14,5 quilômetros percorrendo um trajeto com aclive de 125 metros do rio Sepotuba até a ETA Queima Pé, onde ocorrerá o tratamento da água, será licitado em 2020 e subsidiado por superávit financeiro.


Os trabalhos para isso, segundo Torres, já estão caminhando, com preparativos para licitação e também na gestão das ações ambientais: outorga para captação e Licença de Instalação e Construção dessa obra. “Isso tudo já está em andamento, esses estudos, juntamente com nosso Plano Municipal de Saneamento Básico (…) e a ideia é que tudo isso fique pronto até janeiro, mas tardar em fevereiro”.


Assim, com esses estudos em mãos, o Executivo fará a licitação, para finalmente iniciar a construção da adutora em abril/maio de 2020.


Os investimentos previstos se aproximam dos R$ 50 milhões.
 

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