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Cidinho: "Fiz compromisso de ficar fora da política e vou cumprir"

Mídia News 09/12/2019 Política

Ele vem sendo citado tanto para Prefeitura de Cuiabá quanto para eventual cadeira no Senado

Política

O ex-senador e empresário Cidinho Santos (PL) descartou a possibilidade de disputar as eleições do próximo ano. Seu nome vem sendo lembrado por partidos políticos para uma possível disputa ao Senado em 2020 e até mesmo a Prefeitura de Cuiabá.

 

Um eventual pleito ao Senado pode ocorrer caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negue o recurso da senadora Selma Arruda (Podemos) contra a cassação de seu mandato. A congressista é acusada de caixa 2 e abuso de poder econômico na eleição de 2018.

 

Cidinho revelou que firmou um propósito consigo mesmo assim que deixou o Senado em 2018, de que só pensaria em voltar à vida pública a partir de 2022.

 

“Eu não tenho me dedicado a isso [candidatura]. Até porque ainda há um processo em andamento [recurso de Selma no TSE] e a gente tem que respeitar. Não vou tripudiar em cima de ninguém. É preciso aguardar os acontecimentos. Eu fiz, para mim mesmo, um compromisso de me afastar um tempo da política e eu estou nesse propósito”, afirmou.

 

 

A possibilidade de encabeçar uma chapa em Cuiabá também é excluída, uma vez que Cidinho possui domicílio eleitoral em Nova Marilândia (a 250 km de Cuiabá), cidade da qual já foi prefeito por três vezes.

 

"Meu domicílio eleitoral não é aqui. Não pretendo mudar. Já tem bons candidatos para Cuiabá. Vamos deixar as coisas acontecerem", disse. 

 

Senado

Cidinho foi suplente de Blairo Maggi (PP) e assumiu o Senado quando o ex-governador se licenciou para assumir o Ministério da Agricultura, no Governo Michel Temer.

 

Blairo, por sua vez, também é um dos nomes lembrados para a possível vaga de Selma. No entanto, tem negado que pretenda voltar à vida político-partidária. 

 

“Ele sempre fala que não pretende ser candidato e às vezes aponta meu nome. Mas, mais uma vez, digo: temos que respeitar a senadora Selma. Ela foi eleita legitimamente, tem um processo em andamento e eu acredito não terá andamento tão rápido como as pessoas pensam que será. Vamos aguardar”, finalizou.

 

Além de Cidinho e Blairo, o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), o ex-governador Pedro Taques, o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB), o ex-prefeito de Rondonópolis Adilson Sachetti (PRB)  e o presidente Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (DEM) são alguns dos nomes ventilados.

 

Cassação de Selma 

 

Selma e seus suplentes - Gilberto Eglair Possamai e Clérie Fabiana Mendes - foram cassados pelo TRE em abril deste ano por omitirem despesas na ordem de R$ 1,2 milhão durante a pré-campanha e campanha de 2018, o que configura caixa 2 e abuso de poder econômico. 

 

Os gastos foram identificados na contratação de empresas de marketing eleitoral e pesquisas.

 

No recurso, a defesa da senadora negou as irregularidades, afirmando que os recursos foram utilizados antes da campanha eleitoral, período em que não teria que declarar os gastos.

 

Por sua vez, em seu voto, o ministro relator do caso Og Fernandes afirmou que os gastos feitos por Selma em sua pré-campanha causaram desigualdade no pleito eleitoral. 

 

O julgamento do recurso que teve início no dia 3 de dezembro, deve ser retomado nesta terça-feira (10).

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