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Natal de Jesus e Direitos Humanos

José de Paiva Netto 23/12/2019 Artigos

A vivência do revolucionário espírito de Caridade, sinônimo de Amor, é essencial, a começar pelos governantes

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O Natal não é época de esquecer os problemas, mas, sim, de pedir a Inspiração Divina para resolvê-los. A sua ambiência deve ser a da Fraternidade sem fronteiras, agora mais do que nunca, imprescindível para que, de fato, surja a Cidadania Planetária, que positivamente saiba defender-se da exploração mundial endêmica. Não apenas o corpo adoece; o organismo sociedade, também.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada, pela Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 10 de dezembro de 1948.
Bastante se avançou desde a promulgação da Magna Carta da ONU. Todavia, há muito a ser feito para impedir que, em pleno século 21, mulheres, homens, meninas e meninos continuem sendo vendidos como mercadoria; tragédia que vem afetando a massa de refugiados que fogem de conflitos étnicos, da fome, da seca, da miséria; que crianças prossigam trabalhando em fornos de carvão ou em outras atividades cujas condições são subumanas e que se tornem cegas por carência de vitamina A; que a certeza da impunidade arraste pessoas ao absurdo de roubar doações destinadas aos flagelados por desastres naturais. Sem contar a tortura institucionalizada, que se dissemina pelo planeta. E mais: que tormento maior que a fome — espiritual e material —, além das multidões de analfabetos ou semialfabetizados, dos quais a perspectiva de uma existência decente é mantida distante?
Lei da Solidariedade Universal
Na contramão da insensatez humana, vislumbramos, na vivência do Mandamento Novo de Jesus — “Amai-vos como Eu vos amei. (...) Não há maior Amor do que doar a própria vida pelos seus amigos” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 15:13) —, o denominador comum capaz de, fraternalmente unindo, iluminar os corações. É a religião da amizade, do bom companheirismo, destacado por João Evangelista, no Apocalipse do Cristo, 1:9. É a Lei da Solidariedade Universal; portanto espiritual, moral e social. Asseverou Giuseppe Mazzini (1805-1872), patriota e revolucionário italiano: “A vida nos foi dada por Deus para que a empreguemos em benefício da humanidade”. E Augusto Comte (1798-1857), o filósofo do Positivismo, concluiu: “Viver para os outros é não somente a lei do dever, mas também da felicidade”.
A vivência do revolucionário espírito de Caridade, sinônimo de Amor, é essencial, a começar pelos governantes. Os que sofrem violência que o digam.
Felicidade pelo dever cumprido
Há tempos ressaltei que, no Sermão da Montanha de Jesus (Boa Nova, segundo Mateus, 5:1 a 12), vemos a exaltação das Bem-Aventuranças. Ou seja, o Divino Amigo da humanidade enaltece todos aqueles que compreenderam, ao longo das eras, seus deveres de ser humano e de Cidadão do Espírito. E, ao cumpri-los, têm plenamente assegurados os seus direitos, numa esfera que nem todos ainda podem conceber: a espiritual. Eis a chave da Cidadania do Espírito.
Acerca de tão admirável prédica do Cristo de Deus, o Espírito amigo e Irmão Flexa Dourada, pela psicofonia do Sensitivo Cristão do Novo Mandamento Chico Periotto, em 27 de abril de 2019, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, com entusiasmo, destacou:
– O Sermão da Montanha de Jesus, com suas Bem-Aventuranças, é um conforto extraordinário ao coração de todos na humanidade, sem exceção! Um conforto extraordinário! É de Jesus o Sermão! E Ele dá a chave de como viver na Terra e de como chegar no Mundo Espiritual na hora certa, para ser feliz, que é o que interessa aos Espíritos que têm na Terra o sentido de respeitar Deus, o Pai Celestial.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com



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