Racionamento durou 65 dias, de setembro a novembro
Após racionamento, Tangará quer se livrar de novas crises hídricas
Assim como em 2016, Tangará da Serra passou por outra grave crise hídrica no ano de 2019. Como forma de administrar a situação, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) determinou racionamento de água no mês de setembro, com abastecimento escalonado entre setores e bairros do município.
“Tivemos esse ano mais uma vez, uma forte crise hídrica, talvez entendida como superior àquela vivida no ano de 2016, com relação a vazão dos rios, pouca pluviosidade de chuvas, mas graças a Deus, em razão dos investimentos feitos nos anos anteriores, especialmente as lagoas junto da estação de tratamento, nós conseguimos superar mais uma vez esse período”, relembra o diretor do Samae, Wesley Lopes Torres, ao destacar que a média de chuvas foi prejudicada pela longa estiagem que atingiu outros municípios do estado.
“Houve uma economia, uma redução no tratamento nesse período de cerca de 400 milhões de litros de água. Ou seja, 400 mil cúbicos de água a menos, dado o racionamento e especialmente a economia que a população faz, aquelas pessoas que entendem a necessidade do uso racional especialmente nesse período”, pontuou.
Após o período de seca, o Samae reiniciou a ampliação da capacidade de reserva de água bruta, ao ampliar a lagoa na ETA Queima-Pé. O município obteve importantes conquistas no que diz respeito a esperada captação de água do Rio Sepotuba.
“Nós conseguimos ter em mãos o projeto de captação de água do Rio Sepotuba, uma necessidade que nós temos já há 30 anos, algo que muito se almeja para que a gente tenha segurança hídrica no município de Tangará da Serra, dado o crescimento que nós temos daqui para frente”, disse Torres, ao frisar que o prefeito Fábio Junqueira anunciou o início da execução dessas obras já no ano de 2020, diante da urgência de que seja solucionado o problema da água em Tangará da Serra.
Obras de captação do Sepotuba iniciam em 2020
Com o desenvolvimento de Tangará da Serra, segurança hídrica é primordial para que novos investimentos sejam feitos na cidade. Para tanto, captar água do Sepotuba será de grande importância. Com o projeto em mãos, o município pretende lançar licitação entre fevereiro e março de 2020, segundo o diretor do Samae Wesley Lopes Torres.
“Nós vamos fazê-la com recursos do próprio município. Será utilizado o superávit, aquilo que o município arrecadou, aquilo que foi economizado, aquilo que gerou riquezas do próprio cidadão tangaraense a partir de uma boa gestão fiscal dos recursos públicos do município de Tangará da Serra”, destacou Torres, ao classificar a obra como um avanço para a cidade.
O projeto de ampliação da ETA também está sendo finalizado. Nele, a capacidade saltará de 340 para 490 litros por segundo.
“Esse projeto também fica pronto agora entre dezembro e janeiro para que a gente possa iniciar o levantamento desses recursos para fazer essa ampliação”, destaca.
Segundo o chefe da autarquia, com as medidas tomadas pelo poder público, o município deve atingir segurança hídrica para os próximos 20 anos, como prevê o Plano Municipal de Saneamento Básico, que está sendo concluído pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
“Estamos resolvendo esses problemas, como também estamos deixando Tangará pronta para os 20 anos. Lembrando que em saneamento o investimento é constante. Então, você já tem que pensar o que vai acontecer daqui a 10, 20 anos e já começar a executar desde agora”, concluiu.