Condenado por assassinato, goleiro acertou contrato com o Operário de Várzea Grande
A vinda do goleiro Bruno Fernandes para o Operário de Várzea Grande precisou ser adiada, ao menos por alguns dias. É que a Justiça de Minas Gerais "esqueceu-se" de publicar a decisão que permitia a viagem.
A expectativa era de que Bruno fosse apresentado aos torcedores na terça-feira (21), data de estreia no time no Campeonato Estadual. Como a decisão ainda não havia sido publicada até a manhã desta quarta-feira (22), ainda não há data exata para a chegada em Mato Grosso.
Na sexta-feira (17), juiz Tarciso Moreira de Souza, da Vara de Execução em Meio Aberto e Medidas Alternativas da Comarca do município de Varginha, Mina Gerais, havia autorizado o goleiro a cumprir em Mato Grosso a pena por homicídio triplamente qualificado.
A decisão era a que o Operário esperava para oficializar a contratação do atleta para a temporada de 2020.
No entanto, nesta data, consta nos autos do processo apenas a “movimentação sem visibilidade externa”.
A advogada Mariana Migliori, que defende Bruno, pediu à Justiça mineira para dar publicidade a decisão. Porém, o magistrado responsável entrou de férias e a publicidade não pode feita por servidores do administrativo.
“Eles esqueceram de dar visibilidade à decisão. Estaremos despachando com o juiz plantonista ainda hoje”, disse a advogada.
O goleiro
Bruno foi preso em setembro de 2010 e condenado em março de 2013 pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho.
Ele também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi extinta, porque a Justiça entendeu que o crime prescreveu sem ser julgado em segunda instância.
As penas válidas somadas são de 20 anos e 9 meses.
Ele conseguiu a progressão de pena em 19 de julho após uma decisão da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais do município.