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Cassada, senadora Selma Arruda defende eleição suplementar junto à municipal

Hiper Notícias 26/02/2020 Política
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A senadora cassada Selma Arruda (Podemos) defendeu que a eleição suplementar ao Senado seja realizada junto ao pleito para cargos municipais. Para a juíza aposentada, ainda que a Justiça não reverta a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cassou seu mandato em dezembro de 2019, a realização da nova disputa em outubro pode apresentar uma economia aos cofres públicos.

 

Um convênio firmado entre a Advocacia-Geral da União (AGU) e o TSE em 2019 aponta que a senadora pode ser responsabilizada por arcar com os custos da disputa suplementar. Dessa forma, a eleição seria realizada custeada pelos cofres públicos e, posteriormente, Selma ressarciria ao erário o dinheiro gasto. Inicialmente, foi apontado que o novo pleito poderia custar R$ 9 milhões, valor que foi elevado a R$ 13,7 milhões, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).

 

Em entrevista à rádio Jovem Pan na manhã de segunda-feira (25), a senadora defendeu que a eleição suplementar seja realizada junto às disputas municipais, em outubro. O apontamento de Selma foi baseado sob o ponto de vista da economia. “Essa eleição poderia muito bem se realizar em outubro, ainda que eu não permaneça no cargo, não é esta a questão. Eu quero dizer é por questão de economia de dinheiro público”, disse a juíza aposentada.

 

Para Selma, que foi cassada por seis votos contra um no TSE, a Justiça tem executado seu processo de cassação com muita celeridade. Ainda no cargo de senadora, ela disse à rádio que continua exercendo suas funções e que parte dos ritos legais do julgamento de seu caso foram atropelados.

 

“Houve uma falha, no meu entendimento, muito grande por parte do TSE nesse sentido. Porque esta fase que eu estou enfrentando no Senado federal é prevista na Constituição Federal e o TSE estava com tanta pressa em me condenar e me tirar de lá que simplesmente esqueceu, como se fossem principiantes, o que a Constituição diz.”, explicou a senadora.

 

“Existe previsão legal de que o Estado fique sem senador por até 15 meses. Então, não há motivo, o Estado não fica mutilado por ter um senador a menos. O senador não é um governador, o senador é apenas um senador. Isso poderia ter sido deixado para outubro. Mas parece que existe uma pré-disposição proposital para que as coisas tenham uma aceleração acima do normal no meu caso”, finalizou a juíza aposentada.

 

Eleição suplementar

Com a cassação, o TRE definiu 26 de abril como data da eleição suplementar ao Senado. Diversos nomes no meio político já oficializaram pré-candidatura.

 

O ex-vice governador Carlos Fávaro (PSD) anunciou nesta quarta-feira (26) sua exoneração do cargo de chefe do Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília (Ermat) para dedicar-se integralmente à eleição suplementar de abril. 

 

O ex-senador e ex- governador Júlio Campos (DEM) teve sua pré-candidatura definida pela Democratas. O nome do vice-governador Otaviano Pivetta também já foi oficializado pelo PDT.

 

Pelo partido de Selma Arruda, foi escolhido o deputado federal José Medeiros como o pré-candidato a disputar na eleição suplementar.

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