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TEM QUEM GOSTA, TEM QUEM NÃO GOSTA

Sebastian Ramos 24/02/2020 Artigos

Não condene muito rápido a festa do carnaval. Deixe o respeito desfilar

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De novo é carnaval, de novo as fantasias, as máscaras, as roupas coloridas, os adereços, as plumas e os paetês sairão das caixas e dos guardados, das lojas e das confecções para adornarem mulheres e homens, crianças, adolescentes, jovens, adultos. É o carnaval! Foliãs e foliões em blocos ou não tomarão os mais diferentes ambientes fechados e/ou abertos para a famosa e esperada festa brasileira. Muito além da etimologia da palavra e das motivações originais, nestas terras brasileiras o tom é de festa, alegria, música e dança, samba e outros ritmos. Não condene muito rápido a festa do carnaval. Deixe o respeito desfilar. O motivo é justo, é descontrair, brincar, extravasar a emoção, esquecer um pouco o corre-corre do cotidiano e por alguns dias celebrar a alegria. O carnaval é uma festa de gente boa, de gente que quer comemorar de forma carnavalesca momentos com amigos e familiares. Tem pessoas que fazem do carnaval um lugar de excessos, crimes, erros e desajustes? Claro que sim! O noticiário está aí todos os anos para confirmar. E infelizmente tais episódios acontecem todos os dias, não apenas nos dias de carnaval. Condenar o carnaval todo pelos erros de algumas pessoas é injusto. A maioria das pessoas são pessoas que querem apenas num espaço do ano dizer de forma irreverente que a vida é bonita e merece ser celebrada através também do carnaval. Tem quem gosta, tem quem não gosta. Cada lado precisa respeitar o lado do outro e fica tudo certo.  Quando o assunto é carnaval gosto de sempre lembrar um pequeno texto atribuído ao fabuloso e saudoso Dom Hélder Câmara (1909-1999) “Carnaval é a alegria popular. Direi mesmo, uma das raras alegrias que ainda sobram para a minha gente querida. Peca-se muito no carnaval? Não sei o que pesa mais diante de Deus: se excessos, aqui e ali, cometidos por foliões, ou farisaísmo e falta de caridade por parte de quem se julga melhor e mais santo por não brincar o carnaval. Estive recordando sambas e frevos, do disco do Baile da Saudade: ô jardineira por que estas tão triste? Mas o que foi que aconteceu… Tu és muito mais bonita que a camélia que morreu. Brinque, meu povo querido! Minha gente queridíssima. É verdade que quarta-feira a luta recomeça. Mas, ao menos, se pôs um pouco de sonho na realidade dura da vida!”. É carnaval, onde estiver viva-o da forma que puder e desejar, mas lembre-se da regra de ouro: respeite todas as pessoas.

Prof. Me. Sebastian Ramos
professorsebastian@hotmail.com



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