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Trabalhadores tangaraenses se reinventam para vencer a crise econômica

Paulo Desidério - Redação DS 31/03/2020 Geral

Novos modelos de serviço como delivery e atendimento online estão sendo adotados

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O mês de março foi de impacto para o comércio. Com as medidas adotadas pelas autoridades para restringir aglomerações e circulação de pessoas em decorrência do novo coronavírus, parte do setor parou, enquanto outras tiveram de se reinventar. O modelo delivery, adotado comumente nos grandes centros, passou a ser o caminho mais curto para muita gente.

 

Em Tangará da Serra, o setor alimentício foi um dos que puderam seguir trabalhando sem atendimento ao público. Diante disso, as entregas de lanches, marmitas, pizzas e outros pratos, deram sustentação ao empresariado do ramo.

 

Piero Yábar é proprietário do restaurante de comida peruana Don José. O empreendimento abria as portas costumeiramente às noites. Porém, diante das restrições, passou a atender também no almoço, somente com entregas.

 

“A gente já servia delivery na parte noturna. A gente começou a servir delivery no almoço não faz nem uma semana. O mais legal no meio dessa crise foi a união da minha equipe, muito forte, que eu nunca tinha visto aliás no restaurante em quatro anos que a gente tem já aberto”, disse, ao destacar que incluíram no cardápio pratos mais brasileiros, com incrementos da culinária peruana, no objetivo de oferecer um diferencial aos clientes.

 

A carga horária dos funcionários passou a ser de 8 horas, com pausa para descanso.
 

“A gente teve que se recriar no meio dessa crise e, felizmente, no pouco tempo que a gente começou, já tem aumentado o número de vendas. O mais legal é que acho que a gente vai passar por essa crise e a gente descobriu um novo serviço que vamos poder continuar”, explicou, ao frisar que no novo modelo, ninguém precisará ser dispensado.

 

Outro caso é o de Elta de Almeida, decoradora da Deltaliz Decorações. Como as festas também estão impedidas de acontecer, seu setor estagnou até que tudo volte ao normal.

 

“As casas de festas estão fechadas e assim também foram canceladas as minhas festas. Então, fiquei procurando alguma outra coisa para fazer para poder complementar minha renda, porque meu esposo também é trabalhador autônomo”, explicou.

 

Para tentar driblar a crise, ela se tornou vendedora externa da Cacau Show.

 

“Trabalho mais em casa no momento, via internet mesmo. Os pedidos são via WhatsApp e conforme os pedidos vão preenchendo o catálogo, pego esses produtos e levo até meu cliente da forma delivery. Então, o cliente não tem contato nenhum com a loja, não precisa sair de casa e está indo, graças a Deus, está me ajudando no momento”, disse.

 

Algumas dicas são válidas a quem está oferecendo serviços via WhatsApp. Especialistas recomendam a criação de grupos com posts mostrando os produtos oferecidos, utilização de mensagem de boas vindas nas contas comerciais do aplicativo, textos descritivos, catálogo dos produtos em imagem ou PDF, entre outras.

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