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TANGARÁ DA SERRA – Executivo endurece medidas para isolamento social no combate ao coronavírus

Fabíola Tormes / Redação DS 21/06/2020 Geral

Tangará foi notificado diante de risco ‘muito alto’ para Covid

Proibida venda de bebidas alcoólicas no Município

Executivo endurece medidas para isolamento social no combate ao coronavírus

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) notificou na última sexta-feira, 19 de junho, 13 municípios de Mato Grosso que estão com classificação de risco “muito alta” para a disseminação do coronavírus.


Alta Floresta, Cáceres, Cuiabá, Nossa Senhora do Livramento, Nova Mutum, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Várzea Grande e Tangará da Serra, segundo o Estado, são as cidades que estão com a situação mais preocupante no Estado.


Diante do risco, a recomendação aos gestores municipais é que adotem medidas restritivas mais severas, como o fechamento total para combater a pandemia, como aconteceu em Cáceres. O prefeito Francis Mares (PSDB) decretou o fechamento de todos os serviços não essenciais, o chamado lockdown, a partir desta segunda-feira, 22. A medida segue até o dia 29 de junho.


Em Tangará da Serra, em que há 75 casos ativos da doença (67 em isolamento domiciliar, quatro internados em enfermaria e dois em UTI, conforme boletim do dia 21), o fechamento total não foi discutido, porém o Executivo anunciou novas medidas restritivas. Na sexta-feira, 19, o prefeito Fábio Junqueira (MDB) editou o Decreto nº 269, proibindo a venda/comercialização de bebidas alcoólicas no Município, inclusive no que diz respeito a venda delivery, até o dia 4 de julho.


Além desta medida, o Executivo Municipal também suspendeu na última semana as atividades nas academias e estúdios de treinamento físico; a circulação e utilização por pessoas aos parques, praças e equipamentos públicos nelas instalados, ginásios poliesportivos, campos de futebol, quadras e outros; os atendimentos presenciais ordinários no prédio da Prefeitura Municipal; e as celebrações religiosas. Essas medidas seguem até o final deste mês.


Ainda manteve suspensa, por tempo indeterminado, as atividades: mototaxistas, shopping popular, bares, aulas coletivas desempenhadas por autoescolas, aulas e/ou cursos em ambiente coletivas, e clubes sociais e esportivos.


MAIS - A classificação de risco para adoção de medidas restritivas de controle e combate ao coronavírus possui quatro níveis divididos por cores: baixo (verde), moderado (amarelo), alto (laranja) e muito alto (vermelho). Os níveis são determinados pela taxa de ocupação dos leitos de UTI da rede pública estadual de saúde e pelo índice de crescimento da doença nos municípios. A classificação ainda leva em conta os municípios com menos de 40 casos ativos e aqueles com mais de 40 casos ativos da Covid-19.


As medidas estão estabelecidas no Decreto 522/2020.


“Duas semanas serão avassaladoras”, reclama empresário

O prefeito de Tangará da Serra, Fábio Martins Junqueira (MDB) editou na última sexta-feira, 19, o Decreto nº 269, em que proíbe a venda/comercialização de bebidas alcoólicas no Município, inclusive no que diz respeito a venda delivery, até o dia 4 de julho. A justificativa é diante da necessidade da ação de medidas para promover o isolamento social da população durante o período excepcional de surto da pandemia.


Para o setor que vive exclusivamente da venda de bebidas, como distribuidoras, a medida foi equivocada. “Essas longas duas semanas serão muito impactantes para nosso ramo, pois trabalhamos com margens baixas de lucros, e o que nos parece que o prefeito quer culpar apenas a bebida alcoólica pela pandemia que estamos passando, pois desde o começo ele proibiu os bares e lanchonetes e quando reabriu proibiu a bebida alcoólica. O vírus não se pega apenas no bar, apenas nas distribuidoras, mas se pega também na prefeitura lotada, nos bancos e nos supermercados”, reclamou o empresário, que preferiu não se identificar.


“Mas quero dizer ao nosso prefeito que também temos família e vários colaboradores formais e informais que dependem disso para comer, sobreviver e suprir suas necessidades básicas e que não serão apenas duas semanas igual ele falou, e sim duas longas semanas, pois as contas não param (…) duas semanas para uma micro e pequena empresa serão avassaladoras. Então é com um sentimento de tristeza que vejo aquilo que eu trabalhei dia e noite, de domingo a domingo para construir, ver fechado, com as luzes apagadas”, lamentou, ao pedir que a medida seja revista.



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