Em Tangará da Serra foram 25 casos confirmados no ano passado
Doença silenciosa, a hepatite acomete um número significativo de brasileiros. Por conta disso, o Julho Amarelo surge para conscientizar a população sobre a patologia que, se não for descoberta e tratada precocemente, pode evoluir, em alguns casos, para uma cirrose ou câncer hepático.
Assim, mesmo em meio a pandemia do coronavírus, as autoridades seguem atentas ao problema e lançam a campanha anual de combate às hepatites virais.
Em Tangará da Serra as ações seguem em forma de alerta à prevenção, assim como a continuidade de triagens. “É o mês em que a atenção está voltada mais para as hepatites virais, principalmente as crônicas, que são a B e C”, destaca o médico infectologista do Centro de Testagem e Aconselhamento e Serviço de Assistência Especializada (CTA/SAE), Alessandro Zucchetto.
Assim, neste mês, a campanha será massificada para importância da prevenção e exame precoce. “Lembrando que a maioria das pessoas não tem sintomas, até que o vírus leve mais de 80% da perda da função do fígado. Então não espere ter sintomas, porque já é uma fase tardia”, frisa. Todas as unidades de Saúde e o CTA/SAE seguem trabalhando e realizando triagens não somente das hepatites, mas também de HIV e sífilis, mesmo neste período de pandemia.
Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites, o médico afirma que é necessário observar fatores ambientais, como transmissão sanguínea por meio da prática de sexo desprotegido e parceiros múltilplos ou compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam; transmissão sanguínea da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação; entre outros.
No Brasil existem 638.814 casos confirmados de hepatites virais, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde. Em Mato Grosso, no ano de 2019, foram confirmados 449 novos casos de hepatite tipo B e 199 de hepatite tipo C; não houve notificação de hepatite tipo A.
Em Tangará da Serra foram 25 casos confirmados no ano passado, sendo com cura de 24 casos. Já neste ano foram seis novos tratamentos iniciados, sendo que três tiveram cura e os demais seguem em tratamento.
