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Professores de educação física de Campo Novo criam novos métodos e estratégias para lecionar

Secom-MT 02/09/2020 Educação

Com a pandemia, a realidade é outra e os profissionais precisam se reinventar

Educação

Aula de educação física sempre foi sinônimo de esporte coletivo com jogos nas quadras poliesportivas das escolas em atividades frenéticas e motivadoras – os alunos contam os minutos para a aula em que poderão fazer quase tudo na prática. Com a pandemia, a realidade é outra e os profissionais precisam se reinventar.


No Dia do Profissional de Educação Física, comemorado nesta terça-feira, 1, a data serviu para os profissionais refletirem sobre os desafios de trabalhar com os alunos em tempos de coronavírus.


Para o casal de professores Edemilson dos Santos e Viviani da Silva Martins, que lecionam na Escola Estadual Parecis, no município de Campo Novo do Parecis trabalhar nessa pandemia tem sido um desafio. O casal destaca que na educação física os professores estimulam o corpo em movimento e lidam diretamente com contato físico, e agora é preciso estimular com o mesmo entusiasmo de sempre, porém virtualmente.


“Estamos reaprendendo e estudando ainda mais, para reinventar maneiras de ser uma aula prazerosa para ambas as partes”, explica Edemilson. No entendimento do professor, a maior dificuldade é o acesso à internet que não chega com qualidade e ainda existem muitos alunos que por diversos motivos não estão conectados.
 

“Neste momento, por meio da plataforma Teams e outros meios de comunicação, podemos estar mais próximos visualmente. Tenho desenvolvido as atividades teóricas durante as aulas com apostilas e vídeos ilustrados. Propondo desafios para incentivar as práticas corporais que é de suma importância neste momento mesmo estando dentro de casa” acrescenta Viviani.
 

Os professores assinalam que um ponto positivo das aulas remotas é poder apresentar vídeos aos alunos juntos, pois a maior parte das escolas do interior é difícil o acesso a uma sala de informática para poderem realizar pesquisas. Nesse trabalho, os alunos têm que ver alguns objetos do conhecimento que os professores não conseguem desenvolver na prática por falta de materiais específicos e adequados.
 

A professora Noelle Thais de Matos, da EE Pedro Gardés, em Várzea Grande, tem o mesmo entendimento dos colegas. Para a professora, as aulas não presenciais são desafiadoras não só para a educação física, mas para todas as disciplinas. “Para a educação física, as aulas remotas se tornam um desafio maior ainda. Tudo porque o nosso componente curricular ele é diferente dos outros não adianta a gente falar que que adquire conhecimento da mesma forma, porque não é”, salienta.


Neelle explica que o conhecimento da educação física é a partir do corpo em movimento, acrescentando as experiências. É uma série de conhecimentos que a pessoa pode ter com o corpo.
Para vencer essa etapa, a proposta de trabalhar a questão do sedentarismo e seus malefícios. A proposta de vários professores é trabalhar com os alunos a diferença do exercício físico – que tem um objetivo específico com atividade física que são as ações do dia a dia.

 

“É muito importante, neste momento de pandemia, a união dos professores de educação física. Temos um grupo de WhatsApp com 200 professores e estamos criando outro grupo só para disponibilizar materiais. É um momento de união entre os profissionais porque está difícil. É algo complexo o que estamos vivenciando e vivendo nessa situação atípica”, frisa.
 

Para Dimas da Silva Marques, da Coordenadoria de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Educação Infantil da Seduc, o maior desafio é não ter como oferecer atividades coletivas, nesse momento. Os alunos precisam fazer atividades individuais, mas que não significa que ele tenha que fazer sozinho.
 

“No caso, havendo um, dois irmãos que convivem juntos, podem fazer juntos, entre eles. Essa é uma forma de atividade coletiva, mas são poucos os casos. Caso de jogos em quadra, por exemplo, não tem como”, explica.

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