Oferecer acolhimento afetuoso
Nos dias atuais falar em hospitalidade é uma crescente, nos mais diversos setores empresariais que perceberam que a hospitalidade deve fazer parte de seu negócio, pois contribui consideravelmente para a fidelização de seus clientes.
A origem da palavra hospitalidade faz referência ao vocábulo latino hospitalitate, que designava para os romanos, o ato de hospedar e, por extensão, de oferecer acolhimento afetuoso, ou seja, a ideia básica pressupõe o princípio de receber o outro e oferecer-lhe acolhimento, disponibilizar hospitalidade é descrever uma das qualidades dos seres humanos, o de ser hospitaleiro. O Brasil é um país conhecido por sua hospitalidade, exemplifico o povo Tangaraense, onde “fomos muito bem recebidos” e ficamos encantados com a cidade.
Se pensarmos de forma objetiva, a hospitalidade associa-se com a maioria das pessoas, pois tem a capacidade de receber visitantes ou clientes de forma agradável, assim gerando conforto e permitindo que a pessoa se sinta a vontade e que usufrua de serviços com confiança e qualidade. A hospitalidade constitui uma estrutura de rede de serviços que visa atender a demanda turística, demanda de lazer/entretenimento e eventos, especialmente nos segmentos de hospedagem e gastronomia.
No turismo, o fenômeno das viagens está baseado no fundamento do deslocamento espacial do homem, motivado por necessidades pessoais, de negócio, lazer, saúde e outras. De qualquer forma, seja num caso ou noutro, o resgate do calor humano ao receber o outro é o substrato de uma ética especial, a ética da hospitalidade.
O turismo tem adquirido relevância como atividade sociocultural e econômica capaz de incentivar a comunicação e a convivência de todos.
Em tempos atuais, com o aumento das tecnologias e a sua comodidade, aos poucos as pessoas estão distanciando-se do calor humano, às vezes surge uma indagação, ainda gostamos do atendimento humano?
Nestes tempos “complexos e frágeis em que vivemos” (BAPTISTA, 2005) a hospitalidade aponta para um modelo de relação, a ser resgatado, no qual se compartilha cuidados e conhecimentos, na qual se aguarda e atenta para o outro.
O turismo e a hospitalidade terão de se ocuparem do campo da receptividade turística, porém sobre pontos de vista diferentes, com a mesma direção e objetivo. Precisamos reinventar a hospitalidade, principalmente a hospitalidade comercial, resgatando virtudes receptivas e repensando na formação das pessoas e nos locais envolvidos.
Temos que procurar alcançar a essência da hospitalidade para entendermos as relações entre os seres humanos, ambiente familiar, ambiente comercial e o turismo. Reconhecer essas virtudes é saber aproveitá-las em função de um bem comum, é fator preponderante para o alcance de bons resultados para os locais receptivos.
Um instrumento para diminuir a margem do erro é o “welcome book”, pois, assegura, registra e repassa a informação de forma correta e em tempo hábil, é tão importante quanto à própria realização do serviço. Um livro de boas-vindas contendo todos os dados úteis aos viajantes, especialmente se o proprietário ou o administrador não estar presente (check-in), de qualquer forma, um welcome book é recomendado em qualquer circunstância.
Apostar no welcome book pressupõe ler a mente dos visitantes/clientes a fim de antecipar o problema que possa surgir, além de disponibilizar as instruções para resolvê-lo.
A hospitalidade como virtude pode ser empregado em qualquer área de atividade, em qualquer contexto e em qualquer conjuntura. Em todas, servirá indubitavelmente como um elemento de integração, mais que uma ideia, um diferencial.
Sidney Tapajós – Turismólogo e Pedagogo. Especialista em RH e Didática do Ensino Superior. Instagram:Turismo100Subjetivismo/ tapajós.sidney@gmail.com (65) 9 9802-6526