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Os desafios e as novas oportunidades de aprendizagem

Cláudia Sebastiana Rosa da Silva; Gisele do Rocio Cordeiro 15/09/2020 Artigos

Precisamos de educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas ao novo

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A história da humanidade é reflexo de como organizamos nossas vidas, enfrentamos adversidades, reagimos às experiências vividas nas relações sociais e, consequentemente, como aprendemos, seja por meio de experiências boas ou por meio de desafios, perdas e frustrações. Sabemos que aprender é um aspecto relacionado ao desenvolvimento natural dos seres humanos, e ele não se reduz ao ambiente escolar; é indissociável a nós e é um processo que ocorre ao longo da vida. Para tanto nos questionamos: as situações desafiadoras podem ser concebidas como novas oportunidades de aprendizagem?


Para enfrentar esses desafios no âmbito educacional, de forma acelerada por imposição da pandemia, precisamos aprender a lidar com as incertezas, repensar os processos de ensino e aprendizagem e enfrentar as mudanças que impactam a todos: gestores, professores, estudantes e sociedade.


Partindo da ideia de que a aprendizagem é uma atividade emocional, conforme teoriza o autor norte americano Guy Claxton, precisamos desenvolver a competência de aprender com a própria experiência e lidar com os sentimentos que surgirão ao longo do processo, para superá-los, caso necessário.


Entre os quatro pilares da aprendizagem destacados por Claxton, (resiliência, desenvoltura, reflexibilidade e reciprocidade) é a resiliência que se refere à nossa capacidade de lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão em situações diversas, mantendo o equilíbrio emocional ao tolerar os diferentes sentimentos, sejam eles a angústia, a fuga, o medo, a vergonha do não saber, entre outros.


Os desafios que a vida nos impõe precisam ser vistos como oportunidades para experimentar novas aprendizagens. Cabe a nós trabalharmos para construir espaços em que educadores e educandos assumam uma compreensão da aprendizagem ao longo da vida.  Para tanto, precisamos de educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas ao novo, que possam dialogar e enriquecer o outro. Precisamos de educadores com uma nova concepção sobre seus potenciais de aprendizagem, que tenham a capacidade de aprender com o seu próprio processo de aprender.

 

Cláudia Sebastiana Rosa da Silva é professora e tutora da Área de Educação da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.

Gisele do Rocio Cordeiro é pedagoga e coordenadora da Área de Educação da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.

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