Sinop é a que apresenta a situação mais grave, com 323 detecções
Com um histórico de elevado número de casos de hanseníase, o estado do Mato Grosso enfrenta o desafio de controlar a doença também em 2019. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, só este ano, até o final do primeiro semestre, já foram registrados 1.849 casos novos. A cidade de Sinop é a que apresenta a situação mais grave, com 323 detecções da doença. A capital Cuiabá é a segunda com a maior quantidade de registros, com 118 ao todo. Mas essas não são exclusividades. Juína, Peixoto de Azevedo e Sorriso também já registraram mais de 100 casos, cada um, só neste ano.
E é de olho nesse cenário que as autoridades de saúde locais, por meio do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, decidiu descentralizar o atendimento aos pacientes e implementar Ambulatórios de Atenção Especializada em Hanseníase. Elas estão espalhadas em seis unidades: em Juína, Alta Floresta, Barra do Garças, Juara, Tangará da Serra e Várzea Grande. A ideia é que o número de cidades atendidas suba para 16 até o fim de 2020. Com diagnóstico precoce e tratamento oportuno, é possível evitar lesões mais graves da doença, as incapacidades físicas e que o ciclo de transmissão se mantenha.
No Mato Grosso, segundo dados da própria Secretaria de Saúde, o índice de detecção e o número de casos são elevados. No ano passado, a taxa de detecção geral da doença no estado foi de 138,30 por cada 100 mil habitantes, com 4.678 casos novos diagnosticados, sendo 195 em pessoas com menos de 15 anos.