Maior greve da educação de Mato Grosso teve 76 dias de duração
Com 76 dias completos de duração, terminou a maior greve da história da educação pública mato-grossense. Iniciado em 27 de maio, o movimento foi suspenso após o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) ter acatado parcialmente proposta do governo do estado que promete uma nova regra no que diz respeito à Revisão Geral Anual (RGA) a partir de 2020. A classe teme que haja alguma tentativa de alteração na validade da lei e exigem aumento salarial em 2020, bem como a retirada dos cortes de ponto durante o período de parada.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Francisca Alda de Lima, falou sobre o fim da greve. Segundo ela, o entrave só persistiu por tanto tempo porque o governo “resiste em não cumprir a legislação”.
Ela pontuou ainda que os profissionais apenas suspenderam a greve, mas que o estado de greve permanece.
“É apenas uma suspensão de greve (…) a partir de quarta-feira, os trabalhadores em greve começam a retornar aos trabalhos e a negociação continua com o sindicato. Esperamos que o governo pare de justificar a lei de responsabilidade fiscal para corrigir a RGA e cumprir a dobra da educação, porque para outros poderes não tem nenhum problema, não falta nenhum recurso. Falta recurso apenas para a educação. É da educação que sempre é retirado”, afirmou.
Após o período sem aulas, a Secretaria Estadual de Educação trabalha agora para elaborar um novo calendário com as datas de reposição estabelecidas. O assessor pedagógico da Seduc em Tangará da Serra, Saulo Scariot, declarou que no máximo até quarta-feira, 14, o cronograma será enviado e repassado à comunidade.
“A Seduc ainda não encaminhou o orientativo. Eles pediram para que aguardassemos, que iriam encaminhar esse passo a passo de como se dará a reposição. Acredito que até quarta-feira encaminharão", disse.