O documento foi escrito e assinado por 1.512 detentos
Em uma carta escrita à mão, detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, denunciam a precariedade na unidade prisional – a maior do estado –, tortura, truculência de agentes prisionais durante revistas e falta de assistência médica. O documento foi escrito em julho e é assinado por 1.512 detentos.
À reportagem, o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT) negou as acusações e deve emitir nota sobre o assunto.
Na carta, os detentos citam a Constituição Federal e alegam que os direitos deles não estão sendo assegurados. Em um trecho, eles falam de tortura e truculência dentro da cadeia.
“Teve um caso que eles mataram um preso, atiraram na nuca dele com munição letal, onde o mesmo morreu na hora. Gostaríamos de saber qual o risco que um preso de costas, correndo para não ser atingido apresentou para este agente”, diz trecho do relato.
Além dos maus tratos, os detentos denunciam a precariedade no atendimento médico dentro da unidade prisional. Segundo a carta, o número de médicos que prestam serviço na PCE é insuficiente para a quantidade de presos e há falta de remédios.
Após a denúncia, o juiz Geraldo Fidelis, da Segunda Vara Criminal, determinou que as denúncias sejam apuradas.