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Demanda de leite supera oferta, mas mercado regional poderá mudar com genética e logística

Sergio Roberto / Enfoque Business 09/09/2019 Rural
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Uma demanda quase quatro vezes superior à oferta. Esta é a realidade do mercado do leite em Tangará da Serra e região. Somente um laticínio tangaraense possui uma necessidade de matéria prima de 30 mil kg/dia, mas obtém apenas oito mil quilos dos produtores locais. Há, ainda, outro laticínio, localizado em Arenápolis, que demanda quantidade ainda maior.


Somente um laticínio tangaraense possui uma necessidade de matéria prima de 30 mil kg/dia, mas obtém apenas oito mil quilos dos produtores locais.

 

Em conversa com o Enfoque Business, o produtor Evanildo da Silva Brito revela que sua média na propriedade é de 23 kg/dia, mas o ideal seria uma média de 30 kg/dia por vaca leiteira. “Vaca que produz menos de 30 litros/dia vai para descarte em regiões de maior produção”, considera. Ele fornece para um laticínio localizado em Arenápolis e aposta na melhoria da atividade, apontando para algumas condições, como o aprimoramento genético dos plantéis e preços mais atrativos.


Uma demanda quase quatro vezes superior à oferta. Esta é a realidade do mercado do leite em Tangará da Serra e região. Somente um laticínio tangaraense possui uma necessidade de matéria prima de 30 mil kg/dia, mas obtém apenas oito mil quilos dos produtores locais. Há, ainda, outro laticínio, localizado em Arenápolis, que demanda quantidade ainda maior.


Somente um laticínio tangaraense possui uma necessidade de matéria prima de 30 mil kg/dia, mas obtém apenas oito mil quilos dos produtores locais.

 

Em conversa com o Enfoque Business, o produtor Evanildo da Silva Brito revela que sua média na propriedade é de 23 kg/dia, mas o ideal seria uma média de 30 kg/dia por vaca leiteira. “Vaca que produz menos de 30 litros/dia vai para descarte em regiões de maior produção”, considera. Ele fornece para um laticínio localizado em Arenápolis e aposta na melhoria da atividade, apontando para algumas condições, como o aprimoramento genético dos plantéis e preços mais atrativos.


O zootecnista Sebastião Guedes Maciel, organizador do 14º Torneio Leiteiro e representante do Sindicato Rural de Tangará da Serra na Exposerra/2019, concorda com Evanildo. Par Maciel, o fortalecimento da bacia leiteira de Tangará da Serra e região passa por uma série de fatores, que vão desde a melhoria genética do rebanho até a questão logística. “Temos uma demanda muito grande aqui na região e vai crescer ainda mais”, avalia, considerando a tendência de crescimento da economia regional para os próximos anos.

 

Para o zootecnista, a região de Tangará da Serra vai crescer com a aproximação da região oeste do estado, a partir da pavimentação da MT-339. Com esta rodovia pavimentada, um dos reflexos será a fusão da bacia leiteira da região de Tangará da Serra com a da região onde se localizam municípios como Araputanga, São José dos Quatro Marcos, Lambari do Oeste, Salto do Céu e Rio Branco, que é a maior do estado. Isto significará um intercâmbio da cultura produtiva e, assim, produção leiteira em grande escala. Por consequência, haverá condições para instalação de grandes laticínios.

 

“Se ocorrer a fusão destas duas bacias leiteiras, a realidade do mercado do leite será completamente diferente. Estes produtores que estão aguentando agora, passando por este momento difícil, vão ganhar dinheiro lá na frente”, disse, em conversa com a reportagem do Enfoque Business.

 

Bacia

Hoje, a bacia leiteira de Tangará da Serra não consegue atender à demanda de um único laticínio, que tem capacidade de industrialização de 30 mil quilos/dia.

 

A produção leiteira não passa dos 8.000 quilos diários, que rende cerca de R$ 240 mil mensais – cerca de R$ 2,8 milhões/ano – aos produtores locais.

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