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Operação Tekiji: quadrilha buscava droga no exterior e era liderada por empresário, diz polícia

Redação DS 10/09/2019 Polícia

Trabalho de investigação teve início há 45 dias

Polícia

Tráfico de drogas, receptação de objetos roubados ou furtados, porte de arma de fogo. Esses foram os pilares de sustentação dos trabalhos da Operação Tekiji, desencadeada pela Polícia Judiciária Civil de Tangará da Serra nesta terça-feira, 10, com apoio da Força Tática da Polícia Militar nas diligências.


Embora o cumprimento dos mandados de busca, apreensão e prisão tenham sido iniciados na manhã de hoje, as investigações já aconteciam há 45 dias, com atuação direta dos investigadores da Polícia Civil e do Serviço de Inteligência da Polícia Militar. O delegado Adil Pinheiro detalhou que o período foi utilizado para que fossem levantadas provas, a fim de que a justiça desse respaldo aos trabalhos.


Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante a ação conjunta das forças de segurança.  


"A operação foi exitosa na medida que conseguimos provas, elementos de tráfico de drogas, conseguimos objetos possivelmente furtados, uma quantidade considerável de ouro sem procedência identificada ainda e uma quantia muito grande de dinheiro. Cerca de R$ 90 a R$ 100 mil estão sendo contabilizados, dinheiro em espécie sem origem lícita", disse.


Um casal apontado como o principal alvo da operação foi preso. Além deles, uma terceira pessoa foi conduzida por porte ilegal de arma de fogo. O delegado afirmou ainda que as investigações devem continuar até a conclusão do inquérito policial. Sobre a quantidade de locais diligenciados, Adil Pinheiro destacou que os criminosos agiam de forma estratégica.


"Essa quadrilha é muito bem organizada. Ela não deixava nada em casa. Eles sabem que a polícia estava de olho, estava investigando. Então, eles tinham casas de aluguel pela cidade, casas vazias onde só era feito o refino da droga, armazenamento de drogas, armas e objetos ilícitos. Então, a operação abrangeu todos os alvos que têm ligação com esse casal", explicou.


Uma das casas alugadas que foi desmascarada pela polícia fica na rua 110, no Jardim Tarumã. No local, utilizado como espécie de laboratório, era feito o refino, mistura e embalo dos entorpecentes para distribuição. Uma grande quantidade de embalagens foi encontrada, bem como substância análoga a cocaína. 


O homem do casal em questão não teve a identidade revelada. Segundo a polícia, ele é empresário com investimentos na cidade. Os investigadores ainda averiguam se os empreendimentos eram utilizados como pontos de lavagem de dinheiro. De acordo com o tenente Diego Furquim, da Força Tática da Polícia Militar, o elemento preso é apontado como um dos principais responsáveis pelo esquema de tráfico na cidade e região.


"Nós temos informação de que ele realizava tráfico em grande escala aqui em Tangará da Serra, inclusive trazendo droga do exterior. Essa droga era refinada, como conseguimos encontrar em um dos laboratórios onde ele realizava o refino e possivelmente a distribuição dos entorpecentes. Esse laboratório foi derrubado, nós conseguimos realizar a operação de todo o material entorpecente. Posteriormente ele comercializava essa droga através de mulas que faziam a venda do material", pontuou.


As forças de segurança seguem debruçadas sobre o trabalho de investigações que prosseguirá com o objetivo de identificar quem fornecia a droga e quais são os responsáveis por sua redistribuição em Tangará da Serra e região. 

 

Tekiji

O nome da operação vem da cultura oriental, sobretudo, a japonesa. Entre o povo nipônico, o termo 'Tekiji' pode estar contextualmente relacionado como substantivo ou adjetivo que traz significados no sentido do que é oportuno, conveniente, adequado, em tempo.   



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