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TJ não vê risco de novos crimes e solta 4 acusados de "jogo do bicho" em MT

Folhamax 12/09/2019 Polícia

Desembargadores não creem que investigados soltos representam riscos à ordem pública

Polícia

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ-MT) mandou soltar quatro suspeitos de envolvimento com o “Jogo do Bicho” em Mato Grosso. Ambos foram presos durante a operação “Mantus”, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) no dia 29 de maio de 2019.

 

O julgamento da 2ª Câmara Criminal que mandou soltar os réus - Alexandro Correia, Bruno Almeida dos Reis e Marcelo Conceição -, ocorreu na tarde desta quarta-feira (11). Os magistrados seguiram por unanimidade o voto do relator do habeas corpus, o desembargador Rui Ramos. Ele comentou que a liberdade do trio não representa um “risco sistêmico” à ordem pública.

 

Rui Ramos determinou em seu voto a substituição da prisão em cárcere por outras medidas cautelares – como a proibição de se ausentar da própria residência no período noturno, por exemplo.

 

“Aqui, como eu menciono, nós temos a indicação de antecedentes. Mas não são antecedentes que possam impedir a substituição [por outras medidas cautelares] porque não são fatos que estão efetivamente a demonstrar o risco sistêmico a ordem pública no sentido de que devam eles, automaticamente, serem postos lá dentro do cárcere cautelar”, explicou ele.

 

O quarto solto pelo Tribunal de Justiça é Augusto Matias da Cruz. Ele era supervisor e recolhedor da Colibri, organização liderada por João Arcanjo Ribeiro  e seu genro, Giovane Zen Rodrigues.

 

OPERAÇÃO MANTUS

Na manhã do dia 29 de maio de 2019, a PJC deflagrou a operação “Mantus”, que prendeu o bicheiro João Arcanjo Ribeiro e outras 31 pessoas em Cuiabá. Em sua residência, os agentes de segurança encontraram R$ 200 mil em dinheiro vivo.

 

De acordo com as investigações, duas organizações criminosas – que utilizavam, inclusive, práticas de sequestro e tortura contra seus adversários -, atuavam no Jogo do Bicho em Mato Grosso. Uma delas era liderada por João Arcanjo Ribeiro. A outra, tinha como líder o empresário, e também “Comendador”, Frederico Muller Coutinho. Assim como seu concorrente, Coutinho foi preso pelos policiais do GCCO.

 

A PJC também informou que, apenas no período de 1 ano, as duas organizações movimentaram em contas bancárias cerca de R$ 20 milhões – excluindo os valores que circularam em dinheiro vivo.

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