Diário da Serra
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Casos de homicídios aumentam 367% após auge do garimpo ilegal em Aripuanã

Assessoria 10/10/2019 Polícia

Esses são os casos que chegaram ao conhecimento das autoridades

Garimpo ilegal foi fechado

A atividade de garimpo ilegal é responsável pelo aumento de casos de assassinatos em Aripuanã, além do aumento da criminalidade de forma geral. Mesmo distante 14 km da sede do município, a zona urbana sentiu os reflexos pela vinda de milhares de pessoas para a Serra do Expedito, onde foi criada uma minicidade desorganizada, a partir de outubro de 2018, com cerca de três mil pessoas no local.


Antes disso, a atividade era mais discreta, embora ainda que ilegal, com lavra manual. Depois do boom, passou-se a promover a entrada de pessoas com maquinários pesados, causando danos ambientais e sociais graves. Também nesse período começaram a explodir casos de malária, de crimes, de roubos, homicídios, consumo de drogas, o que foi chamando a atenção.


De janeiro a agosto de 2018, Aripuanã teve registro de três homicídios, e no mesmo período de 2019 foram 11 casos registrados, de acordo com os dados da Coordenadoria de Estatísticas e Análise Criminal (CEAC) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT).


Esses são os casos que chegaram ao conhecimento das autoridades competentes, fora os subnotificados, de toda a sorte de crime. O delegado municipal de Aripuanã, Henrique Espíndola, explica que a subnotificação é muito presente nessas localidades em razão do temor daqueles que lá ficam de serem alvos de represálias em caso de denúncias. Casos de tráfico de drogas, porte e posse ilegal de arma de fogos, menores em casas de prostituição, por exemplo, acabam nem chegando às autoridades competentes.
 

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