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CRISE HÍDRICA – Prefeitura de Tangará da Serra decreta Situação de Emergência

Redação DS / Serra FM 16/06/2021 Política

Medidas preventivas para conter desperdício de água tratada

Medidas preventivas de desperdício de água tratada

Com o nível das chuvas significativamente abaixo da média histórica, o Brasil passará neste ano pela ‘pior crise hidrológica desde 1930’. Os dados foram divulgados na última semana pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Diante deste cenário de alto nível de secura, em que o período chuvoso, compreendido entre os meses de novembro e abril teve precipitação abaixo da esperada, a Prefeitura de Tangará da Serra, através do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), emitiu nesta quarta-feira, 16, Decreto estabelecendo medidas preventivas de desperdício de água e critérios para a possibilidade de adoção de racionamento na distribuição de água tratada em Tangará da Serra.

“Teremos uma das maiores crises hídricas no Brasil. (…) Então, para não pegarmos a população de surpresa, estamos editando este decreto com antecedência, a partir de hoje”, informa o prefeito Vander Masson,

em coletiva à imprensa. No ano passado, decreto relativo a crise hídrica foi emitido no início de agosto.

O documento proíbe, segundo o gestor, a partir do dia 1º de julho, sob pena de autuação e multa, atividades de irrigação de jardins domiciliares (regar grama), lavagem de veículos com mangueiras, lavagem de calçadas externas, despejo em vias públicas de águas de filtragem de piscinas, entre outras formas de desperdício.

Quanto à adoção de racionamento, a medida extrema ainda não foi adotada, mas está condicionada às variáveis de controle do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). Ou seja, as medidas mais austeras poderão ser adotadas como forma de garantir o abastecimento da população.

“Medida necessária, preventiva. Não é para criar pânico, mas para não acomodar ninguém. Para chamar a atenção da população, que estamos na iminência de uma crise hídrica muito grave e para isso precisamos usar o que temos reservado, com racionamento. Utilizar estritamente para o consumo humano a nossa água tratada”, acrescenta o diretor do Samae, Heliton Luiz de Oliveira, o Leto.

Junto a essa medida, o Município segue trabalhando com outras ações pontuais para amenizar a crise, entre elas a construção de um reservatório de água em área particular.

“Lá na Pedreira, onde foi feita a extração de pedra, acabou ficando um grande buraco de aproximadamente 550 metros de comprimento por 70 de largura (…) ele tem nascente própria e fica ao lado do Queima Pé. A nossa ideia seria fazer uma barragem, nessa parte que está aberta, de nove metros de altura, e assim conseguir fazer uma reservação de água dentro dessa caixa. Seria a própria nascente abastecendo e a possibilidade de bombear água do próprio Queima Pé para dentro dele. Aproveitar esse restante de água que tem do Queima Pé para bombear e reservar neste espaço”, acrescenta Leto.

A autorização do empreendimento, que é particular, já foi dado ao Município, que iniciará os trabalhos em breve.

“Só uma questão burocrática para fazer isso o quanto antes, inclusive aproveitando a força do decreto para executarmos essa obra com maior agilidade possível e aproveitar a água que ainda resta”.

Junto a isso, perfuração de poços artesianos serão realizados, em diferentes localidades.

“Para poder somar as demais medidas e assim garantirmos o mínimo de água para a população de Tangará”, finaliza Masson.


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