Tendência é chover pouco mesmo, especialmente no Centro-Sul do Brasil
O período de estresse hídrico no hemisfério sul deverá persistir esse ano de maneira intensa, segundo previsão de especialistas em meteorologia. Em Mato Grosso, as chuvas deverão retornar próximo da normalidade somente no mês de outubro, com volume ao redor dos 140 milímetros.
Segundo o CEO do Climatempo, Carlos Magno, as precipitações até o final do ano serão insuficientes para a restauração plena dos mananciais e dos reservatórios.
“A tendência é chover pouco mesmo, especialmente no Centro-Sul do Brasil, que é a ‘caixa d’água’ do País”, disse, em recente entrevista à imprensa nacional.
Na região sudoeste de Mato Grosso, um dos retratos da secura é o rio Paraguai. Em Barra do Bugres, banhistas são vistos caminhando no meio do leito sobre uma lâmina d’água à meia-canela.
Em Tangará da Serra, a principal fonte de abastecimento de água, o rio Queima Pé, precisará de reforço para servir a cidade, com transposição a partir do rio Russo. A vazão do Queima-Pé já mostra sinais de estresse em razão da escassez de chuvas no ano.