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Fala de Jayme Campos foi inoportuna, garante presidente da Aprosoja

Redação DS 17/08/2021 Política

No final de semana foram divulgados vídeos de reuniões do cantor Sérgio Reis com lideranças do agronegócio e de caminhoneiros, onde afirmava que o Senado seria intimado pelo movimento para em setenta e duas horas votar o Projeto do Voto Impresso

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Após manifestação para a imprensa da capital nesta segunda-feira, 16, onde o senador Jayme Campos (DEM-MT) teria afirmado que o cantor sertanejo e ex-deputado, Sérgio Reis não exerce liderança para convocar uma greve no Brasil, classificando-o como “doidão”, chegando a falar, segundo a imprensa, que o cantor foi desmentido por representantes dos caminhoneiros e pelo produtor rural e presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja, Antônio Galvan, sua fala foi entendida como inoportuna.

“Doidão né. O Sérgio Reis não exerce essa liderança tanto que foi desmentido por vários movimentos. Seja do caminhoneiro, a Aprosoja – Antonio Galvan - o desmentiu hoje, dizendo que houve essa conversa neste sentido. Até porque os próprios filiados reagiram né, nenhum presidente tem autoridade para usar a Associação, uma entidade de classe como se fosse instrumento pessoal e político. Neste caso eu acho besteirol. Eu acho que a língua está sendo maior que a boca. Isso é muito ruim”, declarou Jayme Campos, à imprensa. 

No final de semana foram divulgados vídeos de reuniões do cantor Sérgio Reis com lideranças do agronegócio e de caminhoneiros, onde afirmava que o Senado seria intimado pelo movimento para em setenta e duas horas votar o Projeto do Voto Impresso que está parado na Casa e o impeachment dos Ministros do STF, chegando a afirmar que se isso não ocorresse haveria greve nacional dos caminhoneiros.

Sobre este assunto, especialmente das declarações do senador Jayme Campos, o DS ouviu o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan. Da conversa com o Diário da Serra também participou o empresário tangaraense Alfredo Acácio Nuenberg. 

Durante a conversa, Galvan disse acreditar que o que o Sérgio Reis fez foi de coração, por ser brasileiro.

“A gente estava junto em Brasília (...) ele veio fazer uma visita na Aprosoja Brasil e foi recebido com muito orgulho por todos nós, pelo que representa e principalmente pela missão que diz ter antes do final da vida que é ajudar a salvar o Brasil e é o que estamos convocando as pessoas”, disse Galvan.

Antonio Galvan também disse que as palavras do Senador a seu respeito não são verdadeiras “e a Aprosoja Brasil como todas as Aprosojas estaduais decidiram em Assembleia na quinta-feira em apoiar esse movimento. Então, se tem algum descontente, como saiu a matéria falando do próprio Blairo Maggi, um dos maiores produtores de soja do mundo e aqui do Brasil, do Mato Grosso enfim (...) que venha, monta uma chapa, disputa uma eleição e tira quem tá la dentro, que foi o que a gente fez aqui no Mato Grosso que não estávamos contente com que estava na presidência até 2017. Ganhamos a eleição, porque sabemos que a maciça maioria do produtor rural de Mato Grosso se sente representado”, garantiu, reafirmando que o apoio é total e irrestrito de todas as Aprosojas do Brasil conforme decisão em assembleia. 

“Nós não estamos falando em greve geral como o Senador menciona. O Sérgio Reis falou e muitos caminhoneiros falaram de parar as estradas, que isso é uma segunda opção, mas é uma opção do caminhoneiro (...) Nós estamos fazendo com o cidadão brasileiro, conscientizando que existe uma necessidade de manifestar pelo que está acontecendo ai. As arbitrariedades, principalmente do Supremo Tribunal Federal que está agindo fora da constituição, fora do que é prerrogativa do direito, que o de julgar os processos que lá chegam e não simplesmente abrir um processo contra um cidadão e já julgar e mandar prender esse cidadão”, afirmou.
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