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Campo Novo do Parecis - 7º Comando Regional da PM implanta segunda Sala da Patrulha Maria da Penha

Assessoria PM 27/08/2021 Polícia

A sala da Patrulha Maria da Penha em Campo Novo do Parecis recebeu como empréstimo o nome da senhora Geziane Buriola da Silva

Polícia

Na tarde desta quinta-feira, 26, em solenidade presidida pelo comandante regional, Coronel PM Antônio Nivaldo de Lara Filho, foi implantada a segunda frente de enfrentamento a violência contra a mulher, em Campo Novo do Parecis.

O evento foi bastante prestigiado com autoridades civis, militares e representantes de diversos segmentos sociais.

A sala da Patrulha Maria da Penha em Campo Novo do Parecis recebeu como empréstimo o nome da senhora Geziane Buriola da Silva. No dia 10 de abril de 2017 ela foi brutalmente atacada com perversidade a golpes de facão, tendo as suas duas mãos decepadas por aquele que imaginava ser o seu parceiro de vida.

Nas palavras da senhora Geziane, no começo, foi uma relação “às mil maravilhas”, mas que, com o passar do tempo e acirrado pelo consumo de bebidas alcoólicas, tornou-se mais um caso de violência contra a mulher.

“Violento dentro de casa, começou a me bater”, conta, ao relatar que nas separações as pessoas a alertavam. "Me falavam que não era pra gente voltar, que ele iria acabar me matando. Mas da última vez que nós nos separamos, quando voltamos aconteceu isso", relembra.
“Eu me lembro como se fosse hoje, ‘essa aqui já está morta’. Foram mais de 15 golpes. Quase mil pontos. Só fui acordar depois de 25 dias na UTI. Hoje eu fico só em casa, não trabalho, eu mesma que faço as coisas em casa".

Apesar de ter passado por todas as etapas do ciclo da violência em ocasiões anteriores, como o aumento da tensão, o ato de violência em si, seguido pelo arrependimento e comportamento carinhoso, Geziane jamais achou que um dia seu então companheiro, tentaria assassiná-la com tamanha frieza e crueldade.
 Ao final, Geziane foi enfática.

“Um conselho? Largar e denunciar, não se calar. Tem muitas mulheres que não sobrevivem. Eu gostava dele, achava que ele ia mudar, mas a mulher tem que se amar primeiro. No primeiro tapa, tem que largar, não esperar acontecer coisa pior, igual aconteceu comigo”.

Todos se comoveram com o fragmento da violência sofrida por Geziane, que estava presente no evento, e também não se conteve. O Coronel PM Lara Filho enalteceu a Senhora Geziane pela sua coragem e força para lutar pela vida e, por emprestar o seu nome a uma instituição que junto com a sociedade irá lutar para evitar esses crimes violentos contra a mulher.

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