Atualmente são cerca de 10 a 15 pessoas, voluntárias
Em época de crise hídrica em Tangará da Serra, o trabalho de voluntários tem sido fundamental para ajudar no abastecimento da cidade. Desde que anunciado um novo racionamento mais rigoroso no município, a Defesa Civil mobilizou equipes para atuarem na transposição de água para a Estação de Tratamento de Água (ETA), no fornecimento de água em poços artesianos e no abastecimento em residências com caminhões-pipa.
Atualmente, são cerca de 10 a 15 pessoas. Uma equipe pequena se comparada com população de mais de 100 mil habitantes. Mas são eles, entre homens e mulheres, jovens e idosos, que desempenham atividades quase 100% braçais, sem pedir nada em troca.
“Em um período atrás, eu não tinha água na minha casa e me deram, hoje estou fazendo a minha parte”,
Enquanto isso, a estudante Letícia Basílio, de 20 anos, assume o compromisso pelo segundo ano consecutivo. Normalmente, durante a semana, ela passa o dia se dedicando à graduação de Engenharia Civil. Porém, em situações como esta, de desastres climáticos, ela deixa o conforto de casa e abraça a missão de ficar o dia debaixo de sol (ou chuva), oferecendo sua força de trabalho, gratuitamente, à comunidade. Um trabalho cansativo, mas que, segundo ela, é gratificante.
“No final, saber que você tirou o dia inteiro para poder ajudar alguém que você nem conhecia, esse é o melhor pagamento!”,
que teve o primeiro contato com a Defesa Civil ainda no Ensino Médio, quando tinha 16 anos. Na época, Letícia passou por um treinamento de primeiros socorros, combate à incêndios e outras situações de emergências, e depois se voluntariou em um evento de saúde realizado pelo Governo do Estado, em atividades de limpeza de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e, durante a pandemia, nas campanhas de vacinação contra a Covid-19 e barreiras sanitárias.
Segundo a voluntária, apesar de todas as ações serem importantes, a experiência mais marcante para ela foi trabalhar ajudando a abastecer as residências em 2020 e, novamente, neste ano. Ela conta que uma das funções é acompanhar o caminhão-pipa de casa em casa, enchendo as caixas d’águas dos moradores. Porém, a jovem relata que nem todos que recebem ajuda demonstram gratidão com os membros da Defesa Civil.
“Tem gente que vai estar super brava, mas não é comigo, eu não tenho culpa!”,
e acrescenta:
“eu aprendi a ter mais paciência”.
A Defesa Civil é um órgão que atua em situações de desastres, a fim de minimizar seus efeitos. Em Tangará da Serra, iniciou em 2005 e, desde o início, já somou mais de 500 voluntários certificados.
Segundo o coordenador, Alex Ruiz, desse total, cerca de 10 continuam assíduos. As observações da gestão concluem que este número começou a ter queda desde o início da pandemia do novo Coronavírus.
Devido às medidas de biossegurança, o curso de preparação para o voluntário foi suspenso,
“não está tendo curso no momento, mas será ofertado ano que vem, por isso não há necessidade do curso agora”,
Sendo assim, a coordenação da Defesa Civil está aceitando ajuda de todos que se interessarem em servir. Para se voluntariar, a pessoa deve entrar em contato com o órgão pelo número de telefone (65) 98475-4123. O único pré-requisito é que seja maior de 18 anos.
