A afirmação é do palestrante Rodrigo Lima, na Parecis SuperAgro
Apesar de deter a legislação ambiental mais ambiciosa do mundo, o Brasil ainda precisa esclarecer o conceito de desmatamento legal e diferenciá-lo da abertura ilegal de áreas. A afirmação é do sócio-diretor da Agroícone, Rodrigo Lima, que apresentou a palestra Agropecuária, mudanças do clima e mercado de carbono hoje, durante a Parecis SuperAgro 2022.
Segundo o especialista, ainda há muita confusão mesmo entre os órgãos públicos sobre como diferenciar desmatamento legal de ilegal. E o resultado disso é um prejuízo à imagem do setor produtivo rural.
Rodrigo Lima se apresentou em palestra oferecida pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), patrocinadora da feira agrícola.
“A agropecuária brasileira está preparada para discutir o que é produção sustentável”,
afirma o especialista.
De acordo com ele, o Brasil possui a legislação ambiental mais ambiciosa do mundo, que é o Código Florestal.
“Esse instrumento, somado ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), passa uma mensagem superpositiva do País, pois são poucas nações que possuem requisitos de conservação dentro de área privada. O que está faltando é implementar essa lei de verdade e estampá-la no nosso produto”.
Para Rodrigo Lima, diante a legislação, o país possui argumentos fortes para discutir do ponto de vista internacional o que é produção sustentável.
“O que nos pega é o desmatamento ilegal. Esta é uma discussão importante, mas precisamos separar desmatamento legal de ilegal. E isso é uma coisa que os órgãos estaduais, federais e ambientais até hoje não conseguiram fazer de fato”.
Atualmente, os dados de emissões de gás carbônico (CO2) do Brasil são divulgados reunindo em um mesmo item tanto a abertura de terra legal, que segue preceitos da legislação brasileira, do desmate ilegal – que deve ser coibido.