Com 128 páginas, livro retrata aspectos da vida do Marechal Rondon
Por intermédio de emenda parlamentar de autoria da deputada estadual Janaina Riva (MDB), alunos de escolas públicas de Mato Grosso terão acesso gratuitamente ao livro “Rondon, o marechal da paz – A vida de um herói nacional contada por meio da Filatelia”, de autoria do pesquisador e cidadão cuiabano, Maurício Melo Meneses. O livro, cuja edição foi lançada pela Editora Mackenzie nesta terça-feira, 17 de maio, em São Paulo, já tem lançamento marcado em Cuiabá para a próxima semana (24 de maio), às 19 horas, no Teatro Zulmira Canavarros.
A emenda destinada pela parlamentar à Secretaria de Estado de Educação, no valor de R$ 100 mil, vai permitir que a obra seja disponibilizada em todas as escolas públicas estaduais de Mato Grosso.
“Marechal Rondon foi imprescindível no reconhecimento territorial de Mato Grosso e faz parte da nossa história. Por isso é tão importante que nossos alunos tenham acesso a essa obra riquíssima que contou com a dedicação de quase uma década do autor. Para quem não sabe, além de desbravador e fundamental para a comunicação, cujo lema era ‘integrar para não entregar’, Rondon foi o idealizador do parque nacional do Xingu para preservar tribos indígenas”,
diz Janaina.
Com 128 páginas, leitura agradável e instigante, a obra, lançada pela Editora Mackenzie, é ricamente ilustrada por selos que retratam aspectos da vida do Marechal Rondon, dos períodos nos quais realizou seu grande trabalho que entrou para a história do Brasil. Entre tantas análises, o autor qualifica Rondon como o mais importante personagem cuiabano para a história do Brasil. A influência familiar foi decisiva para a composição do livro, visto que seu sogro, Ramis Bucair, manteve o Museu de Pedras, que abrigava um acervo sobre o militar indigenista. O grande legado são os valores positivistas “amor, ordem e progresso”, devidamente apropriados pela Bandeira Nacional, além, é claro, de uma paixão pela pesquisa científica empírica. Imagens e textos harmonizam-se e se complementam, propiciando que o leitor conheça a vida do importante personagem de maneira lúdica, informativa e didática.
Na introdução, o autor salienta que falar de Cândido Mariano da Silva Rondon é essencialmente fazer alusão a um herói nacional.
“Marechal Rondon, como é popularmente conhecido, é um exemplo de vida e padrão de civismo para todos os brasileiros”.
Ressaltando que o biografado foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz pelo físico Albert Einstein, revela que, em 2015, por meio da Lei 13.141, seu nome foi inserido no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.
O livro traz depoimentos de várias personalidades, que acrescentam relatos sobre a vida de Rondon, reforçando a importância e o caráter inusitado da obra de Maurício Meneses: General de Divisão Floriano Peixoto Vieira Neto, presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos; General de Brigada Paulo A. B. Valença, chefe do Estado Maior do Comando Militar do Sudeste, de 2017 a 2019; Ives Gandra da Silva Martins, professor emérito da Universidade Presbiteriana Mackenzie; Nelson Câmara, presidente da Academia Mackenzista de Letras; e o jornalista e cineasta Cacá de Souza.
Na contracapa do livro, há frases relevantes de personalidades brasileiras e estrangeiras, a começar por Theodore Roosevelt, ex-presidente norte-americano e integrante da Expedição Roosevelt-Rondon:
“Rondon, como homem, tem todas as virtudes de um sacerdote, é um puritano de uma perfeição inimaginável na época moderna. E como profissional é tamanho cientista, tão grande é o seu conjunto de conhecimentos, que se poderia considerar um sábio”.
O livro de Maurício Meneses reflete cada uma dessas e muitas outras visões que se pode ter de Rondon, um herói sui generis, que, para não matar, nem deixar que se matasse um só homem, preferiu encarar 100 vezes a morte.
“Apresentamos aos leitores uma biografia única do Marechal Rondon, que não pretende ser exaustiva nem extremamente detalhada, mas almeja ser marcante em cada uma de suas páginas”.
Militar, sertanista, indigenista e professor, Rondon foi imortalizado à frente da Comissão Construtora de Linhas Telegráficas. De 1927 a 1930, Rondon foi o responsável por inspecionar as fronteiras brasileiras, do extremo norte do país até as divisas com Argentina e Uruguai.
Uma das consequências deste trabalho, deu a Rondon outro dos apostos pelo qual é mundialmente conhecido: o de “mais importante registrador de etnias indígenas do Brasil”.
Em sua obra, Maurício Meneses apresenta as características que fizeram com que o biografado não apenas localizasse, mas integrasse ao território brasileiro, de maneira pacífica, muitas das nações que contatou.
É o que faz este Rondon: o marechal da paz.