Agora, os nomes dos três mais votados serão encaminhados para o Conselho Superior da Defensoria Pública, que concluirá o processo de escolha na próxima sexta-feira, após sabatina
O advogado e assessor jurídico da Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública de Mato Grosso, Getúlio Pedroso da Costa Ribeiro, 43 anos, foi o mais votado dos sete candidatos ao cargo de ouvidor-geral da Defensoria Pública de Mato Grosso. A eleição realizada na manhã desta sexta-feira, 12, na sede administrativa do órgão, no Centro Político Administrativo (CPA), contou com o voto de representantes de 70, das 76 entidades civis habilitadas para a escolha.
Dos 70 votos, Getúlio recebeu 59. Na sequência, com 37 votos, ficou o tecnólogo Júlio César Mendes da Silva, 48 anos e em terceiro, o psicólogo Breno Soares França Signori, 25 anos, que recebeu 34 indicações.
Agora, o nome dos três será encaminhado para o Conselho Superior da Defensoria Pública de Mato Grosso, formado por 12 integrantes votantes, que, na próxima sexta-feira, 19, a partir das 8h30, questionará os três em sabatina. Após a sabatina, um deles será escolhido, por voto nominal e oral, para exercer o cargo.
A Resolução 145/2022, de 11 de julho, que estabelece as regras para a eleição do ocupante do cargo no biênio 2023/2024, registra que em caso de empate, "terá preferência o candidato que tiver obtido maior votação das Entidades da Sociedade Civil, e, permanecendo o empate, será escolhido o candidato de mais idade".
Resultado
Ao ser questionado sobre como avalia o resultado das eleições e como trabalhará para a etapa da sabatina, Getúlio afirmou que está feliz e que apresentará a proposta de trabalho e como irá executá-la, para merecer a função.
“Estou muito feliz com o resultado. Nosso projeto foi construído com todos os segmentos da sociedade civil e demonstra que o trabalho da Ouvidoria está no caminho certo e conectado com elas. No Conselho vou defender os projetos que foram construídos junto com os movimentos sociais, pois juntos, temos condições de arquitetar uma Defensoria Pública mais forte”.
Para o candidato Júlio César a eleição foi difícil e como foi a primeira que participou, também se disse satisfeito com o segundo lugar na indicação pelas entidades.
“Sou voluntário há 13 anos em trabalhos sociais, atuando de forma invisível e constante, e diante da votação, primeiramente agradeço aos amigos que votaram em mim e ao acolhimento feito pela Comissão Eleitoral, que está de parabéns pela condução dos trabalhos e pela transparência. Fui muito bem tratado por todos. Por fim, aos candidatos que ficaram fora da lista tríplice, acredito que seremos amigos. Todos expressaram profundo respeito pela minha pessoa. E agora, vamos lutar na próxima fase”.
Para o candidato mais jovem dos três, o psicólogo Breno, a disputa também foi algo inédito, cujo resultado o surpreendeu.
“Foi uma eleição difícil, principalmente por não conseguir estar presente. Eu não esperava ter tantos votos e fico grato a todos pelo voto de confiança e feliz em saber que todos os meus esforços e voluntariados não foram em vão. Agora, vamos para a segunda fase em busca de ser eleito e poder ajudar mais e mais pessoas”.
A presidente da Comissão Eleitoral, a defensora pública Fernanda Maria Cícero França, agradeceu a todos que trabalharam na organização do processo, se disse satisfeita com a condução da eleição e que fica com a sensação de dever cumprido.
“Tudo ocorreu dentro da regularidade, com a participação efetiva da sociedade, sendo que das 76 entidades inscritas, 70 compareceram e exerceram o direito de voto. Todas as fases também foram acompanhadas pela maioria dos candidatos ao cargo e avalio como gratificante ver que essa eleição tem grande relevância para a população. Nesses dias sentimos o reconhecimento pelos trabalhos desempenhados pela Defensoria Pública no Estado”.