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Como formar bons leitores?

Joselane Rodrigues Batista; Noeli Terezinha Lazarotto Casarin; Rosangela Socorro Prates Silva 24/11/2020 Artigos

A leitura precisa vir ao encontro de seus anseios, precisa tocá-lo emocionalmente, envolvê-lo, precisa fazer sentido

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É indiscutível a célebre frase “Quem lê mais, aprende melhor” ou “a pessoa que lê, tem mais facilidade de comunicação, menos dificuldade na escrita”. Contudo, mesmo sabendo isso, é cada vez mais constante se ouvir a expressão: “Brasileiro não gosta de ler”, ou “Alunos não gostam de ler”.  É comum professores reclamarem que os alunos não fizeram a leitura do livro solicitado. Cabe aí uma pergunta: Será que é porque não gostam de ler, ou é porque a leitura que lhes é exigida não é de seu interesse? Afinal, todos sabemos que mesmo os intelectuais, muitas vezes, não gostam de ler determinadas obras. Não seria então, a qualidade da leitura que o está desmotivando?


O problema é que, geralmente, na escola, o que se exige do aluno é que ele leia livros da literatura clássica, muitas vezes um vocabulário rebuscado que, para um adolescente, por exemplo, não faz sentido, não faz parte de sua realidade, sendo portanto, uma leitura cansativa, desmotivadora, sem prazer, o que contribui para aumentar o número dos que “não gostam de ler”.


Como então vencer esse desafio? Fazer que os alunos leiam mais e melhor? É notório e há várias evidências que ao permitir ao aluno escolher o livro a ser lido, o mesmo realiza a leitura e compartilha o aprendizado de maneira satisfatória, adquirindo o prazer de ler.  


É preciso desmistificar essa afirmação que brasileiro não gosta de ler, e é a escola que tem a responsabilidade de mudar essa realidade, pois é nela que se formam leitores conscientes e críticos. Incentivar a leitura prazerosa não é difícil, basta disponibilizar leituras que tenham algo a ver com o aluno. Que ele se identifique com o contexto, adquirindo confiança para discutir a respeito da mesma. A leitura precisa vir ao encontro de seus anseios, precisa tocá-lo emocionalmente, envolvê-lo, precisa fazer sentido.


Afinal, quem gosta de participar de uma festa onde o ambiente não condiz com o seu estado de espírito? Assim acontece com a leitura, porque você precisa estar à vontade, identificar-se, envolver-se, para enfim, ‘viajar’ nesse universo mágico.... Quando conseguirmos fazer com que nossos alunos sintam a ‘magia’ transmitida pela leitura, certamente, teremos leitores assíduos e apaixonados.


Joselane Rodrigues Batista - Licenciada em Pedagogia e pós-graduada em Psicopedagogia .
Noeli Terezinha Lazarotto Casarin - Licenciada em Letras e em Pedagogia e pós-graduada em Educação Especial e Inclusão.
Rosangela Socorro Prates Silva – Professora Licenciada em Letras e Pedagogia e pós-graduada em Educação Inclusiva.

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