A presença de uma dificuldade de aprendizagem não implica necessariamente em um transtorno
Embora as dificuldades de aprendizagem tenham-se tornado o foco de pesquisas mais intensas nos últimos anos, elas ainda são pouco entendidas pelo público em geral. As informações sobre dificuldades de aprendizagem têm cometido enganos expressivos até mesmo entre professores e outros profissionais da educação.
Durante muitos anos os alunos foram penalizados, responsabilizados pelo fracasso, sofriam punições e críticas, mas, com o avanço da ciência, hoje não podemos nos limitar a acreditar, que as dificuldades de aprendizagem, seja uma questão de vontade do aluno ou do professor. Crianças com dificuldades de aprendizagem geralmente apresentam desmotivação e incômodo com as práticas escolares gerados por um sentimento de incapacidade, que o leva à frustração. Os pais e a escola precisam garantir segurança e atenção para ensinar a criança a aceitar as decepções. Criar um ambiente adequado para que ela desenvolva o estudo e estabeleça rotina diária para a realização das atividades.
A presença de uma dificuldade de aprendizagem não implica necessariamente em um transtorno, que se traduz por um conjunto de sinais que provocam uma série de inquietações no aprender da criança, interferindo no processo de aquisição e manutenção de informações de forma acentuada.
Os estudos evidenciaram a possibilidade de melhoria do desempenho de alunos identificados com dificuldade de aprendizagem submetidos a um processo de intervenção de caráter pedagógico, envolvendo aprendizagem conceitual e tomada de consciência.
Experiências dessa natureza mostram o quanto é promissora a integração entre a aprendizagem de conceitos escolares, autoestima e a perspectiva educacional deste processo como um espaço de emancipação intelectual, dos indivíduos com dificuldades.
As dificuldades de aprendizagens estão correlacionadas com outros fatores, a mesma também está associada a autoestima do aluno, ou seja, incidindo o desenvolvimento cognitivo da criança. A autoestima implica fundamentalmente em manter o aluno propenso e desperto da sua capacidade de aprender, mesmo que seu tempo seja diferente do outro, e o processo de aquisição determine maior dedicação, tudo isto aliado ao apoio e persistência dos pais e professores em estimular a capacidade de aprendizagem, buscar e propor resultados benéficos ao cognitivo, emocional e social da criança.
Professora-Kelen C. A. P. Andrade/Pedagoga
Professora-Luzia Biz da Silva/Pedagoga
Professora-Renata Pereira da Cunha/Pedagoga