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Dr. Leonardo acredita que governo vai “apagar cicatriz” do VLT com implantação do BRT

Secom-MT 23/12/2020 Geral

O BRT já era uma das opções cotadas para implementação de uma solução para o transporte da Capital, quando o VLT começou a ser construído para ser entregue antes da Copa do Mundo de 2014

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Após o anúncio do Governo do Estado, de que o projeto de mobilidade urbana mais viável para Cuiabá e Várzea Grande é a implementação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) ao invés da conclusão das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o deputado federal Dr. Leonardo afirmou que espera que a iniciativa beneficie a população.


“Faço votos de que agora o governo do Estado consiga transformar essa cicatriz em Cuiabá e Várzea Grande em algo bom para a população com o retorno da ideia inicial do BRT”, afirma o parlamentar em apoio ao modal.
 

O BRT já era uma das opções cotadas para implementação de uma solução para o transporte da Capital, quando o VLT começou a ser construído para ser entregue antes da Copa do Mundo de 2014. No entanto, a obra que nunca foi entregue consumiu 1,08 bilhão com apenas três quilômetros de trilhos prontos.
 

Levando em conta estudos técnicos elaborados pelo Governo de Mato Grosso e pelo Grupo Técnico criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, o governador pediu a mudança de modal ao Ministério do Desenvolvimento Regional.
 

Os laudos apontam que o tempo de conclusão estimado para a obra do VLT é de até 6 anos, enquanto o BRT pode ser entregue à população em um período de tempo menor, dois anos.
 

O valor a ser investido pelos cofres públicos também seria menor para a implementação dos Ônibus de Trânsito Rápido. Serão investidos de R$ 430 milhões para toda a implantação. Já para o VLT, seria necessário mais R$ 763 milhões.
 

O custo para o usuário do transporte coletivo também seria menor, sendo a tarifa estimada para o VLT de R$5,28 – acima até do valor praticado na cidade, que é de R$4,10 – enquanto para o BRT seria possível oferecer o transporte por R$3,04 por embarque.
 

Tarifa do BRT será 42% mais barata que a do Veículo Leve Sobre Trilhos
 

Um dos fatores que impactou na decisão do Governo do Estado, que optou pela implantação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), em vez de retomar as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), foi o alto valor da passagem que o modal possui. Conforme o estudo técnico, a tarifa do VLT custaria R$ 5,28, enquanto a do BRT ficaria em R$ 3,04 – o que representa uma tarifa 42% mais barata em comparação com a do VLT.


Para cobrir a diferença entre as tarifas, haveria o custo adicional de R$1,9 milhões ao mês, cerca de R$ 23,2 milhões ao ano.  Seria necessário ainda que o Estado custeasse o montante, subsidiando o preço da passagem, ou que esta diferença fosse repassada para o cidadão, que pagaria mais caro para se locomover na região metropolitana.
 

Um dos apontamentos do estudo técnico é de que a tarifa estimada para o VLT ficaria superior até mesmo ao valor praticado atualmente no transporte coletivo municipal em Cuiabá e Várzea Grande, que é R$ 4,10 por trajeto.
 

O déficit apontado traria outro problema no futuro, já que o custo de expansão da linha ficaria muito alto, inviabilizando que o modal acompanhe o desenvolvimento urbano e amplie o atendimento da população com mais integrações.
 

As tarifas foram estimadas pela Oficina Consultores - empresa de engenharia com foco em Mobilidade Urbana e Transportes - que realizou um estudo de demanda e oferta, e a atualização da matriz de origem e destino.
 

O valor da tarifa atrativa do BRT foi calculado em um cenário “otimizado”, em que a frota completa de 54 ônibus seria adquirida pelo Poder Público, e com o investimento de R$ 430 milhões para toda a implantação. Enquanto para o término do VLT, seria necessário mais R$ 763 milhões, que somado com o R$ 1,08 bilhão já pago, custaria aos cofres públicos cerca de R$ 1,8 bilhão.
 

O governador Mauro Mendes definiu, levando em conta estudos elaborados pelo Governo de Mato Grosso e pelo Grupo Técnico criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, que a implantação do BRT é a melhor opção para a mobilidade urbana de Cuiabá e Várzea Grande. O anúncio aconteceu na segunda-feira, 21.
 

O Governo pediu a mudança de modal ao Ministério do Desenvolvimento Regional, com base nas irregularidades encontradas no contrato do VLT, o tempo de conclusão das obras, o valor a ser investido, e o valor da tarifa final para o cidadão.

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