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COVID-19 – Município contratará de quatro a seis médicos, além de enfermeiros e técnicos, diz prefeito

Sergio Roberto / Enfoque Business 05/01/2021 Saúde

O objetivo é suprir as necessidades dos plantões na rede pública

Coletiva com o prefeito Vander Masson

Município contratará de quatro a seis médicos, além de enfermeiros e técnicos, diz prefeito

A demanda crescente imposta em Tangará da Serra pela pandemia do novo coronavírus, aliada ao desgaste e a redução das equipes de atendimento levará o município a realizar contratações emergenciais de profissionais da área médica, de profissionais de enfermagem e técnicos.


O objetivo é suprir as necessidades dos plantões na rede pública de saúde e reforçar o atendimento aos pacientes. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, somente nesta segunda-feira, 4, foram registrados 330 atendimentos de pacientes com suspeita de Covid-19.


Em entrevista coletiva o prefeito Vander Masson anunciou que o município contratará de quatro a seis médicos. O número de contratações de enfermeiros e técnicos ainda está sendo levantada pela Secretaria Municipal de Saúde.


Além da insuficiência nas equipes para atendimento e cumprimento de plantões na UPA e no Hospital Municipal Arlete Daisy Cichetti de Brito, há baixas relacionadas aos afastamentos por férias. “Os profissionais estão desgastados e precisam de férias. Sabemos das dificuldades que temos em relação ao pessoal, mas também temos de pensar no servidor. Eles estão no limite”, disse o prefeito, ao lado da secretária municipal de saúde, Gicelly Zanata Sousa, e do superintendente de governo Allyson Rodrigues Vargas.


MENOS TEMPO - Entre as estratégias de enfrentamento da pandemia, o município prepara mudanças no atendimento a pacientes com suspeita da doença.


Em se tratando de Covid-19, os exames são o RT-PCR, que detecta a presença do coronavírus (Sars-CoV-2) a partir de amostras do nariz ou da garganta, e os testes sorológicos, que rastreia os anticorpos produzidos pelo organismo a partir do contágio. Além desse, o raio-x e a tomografia de pulmão também são importantes.


O objetivo é antecipar o diagnóstico e já iniciar o tratamento com medicamentos o que, teoricamente, reduzirá a demanda por leitos de enfermagem e UTI’s.


Rede privada também enfrenta dificuldades

FABÍOLA TORMES / Redação DS

“Não vamos desistir não”. Esse é o desabafo de um médico da rede privada de saúde de Tangará da Serra ao falar da superlotação nas unidades de saúde e do esgotamento dos profissionais de saúde.


SEGUNDO O PROFISSIONAL – que enviou as mensagem em resposta a questionamentos de pacientes com Covid-19 sendo encaminhados a Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) de outras cidades – a rede privada está na capacidade máxima de lotação. “Na data de hoje não há vagas aqui em Tangara (só em Tangará a rede privada possui 12 leitos de UTI Covid)  e mais enfermarias. As vagas em Cuiabá são raras e dificílimas de conseguir pela alta demanda. Portanto culpar exclusivamente a rede e/ou os administradores e profissionais de saúde é uma conduta no mínimo cruel, pois com certeza todas as instituições tentaram e estão tentando incansavelmente atender a todos”.


Já em relação aos profissionais de saúde, assim como na rede pública, todos estão no limite. “Não há profissionais de saúde para tantos desfalques e quebra de escalas, por motivos de Covid e estafa física e mental. (…) Alguns virando 36 horas no ar por que o colega que ia cobrir positivou”, relata.


Dois óbitos entre estes profissionais já foram registrados em Tangará: do cirurgião geral Marcelo Shida em novembro passado e a técnica de Enfermagem Francieli Pereira, que atuava na rede privada, perdeu a vida na luta contra a Covid-19 no último dia 2 de janeiro.


“Vamos entrar em dias muito difíceis. Nesse momento a preocupação é com a escala médica, de equipe de apoio, estrutura de atendimento de amanhã e dos próximos dias. Vamos tentar cada um colaborar do seu modo e espero que em breve possamos olhar pra esse momento e ver que tentamos sim! E não baixamos a guarda, em todos os sentidos. Não vamos desistir não! Enquanto tiver um colega de saúde em pé e um mínimo espaço, nem que seja de pé, ali tenho certeza que estarão quer seja em rede pública ou privada”.



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