A Missa de Sétimo Dia será neste sábado, 23, às 19h
Tangará da Serra perdeu no sábado, dia 16 de janeiro de 2021, entre tantos outros que nos deixaram vitimados pelo Covid-19, uma personalidade com 39 anos de profunda relação com a comunidade tangaraense, na sala de aula, no setor público, no terceiro setor, mas, principalmente, na preocupação com o próximo e seu bem estar.
Professor Adavilso Aparecido Parpinelli, profissão pela qual se notabilizou e transmitiu conhecimento para gerações de pessoas aqui em Tangará da Serra, nasceu no dia 8 de setembro de 1953 na cidade de Junqueirópolis em São Paulo, filho do seu Valério e Dona Luzia Parpinelli, o mais velho de cinco irmãos.
Em 1974 se formou em Matemática na cidade de Dracena em São Paulo, passou um período como professor em Navirai, no Mato Grosso do Sul, e depois transferiu-se para São Paulo, capital, onde pretendia cursar Engenharia, mas acabou atuando como professor em colégios particulares.
Em 1982 retornou a Dracena para conhecer e se casar com a Rosalina Peres Parpinelli e ouvindo amigos que falavam bem de Tangará da Serra os dois ainda jovens aqui chegaram no mesmo ano e estabeleceram-se no Distrito de Progresso, onde moraram por dois anos e davam aulas na Escola Patriarca da Independência, mas assustados com a debandada de famílias para Rondônia, em 1984, resolveram fixar residência na cidade de Tangará da Serra.
Aqui passaram a lecionar na Escola Estadual 13 de Maio, onde permaneceram por mais de dez anos. Tiveram aqui também o nascimento da filha Tatiana, em 1985, e integraram-se de vez na comunidade com a oportunidade de trabalhar por mais de vinte anos na Atec, dez anos na Unitas/Unic e por último como perito criminal por quase dez anos, depois de passar em novo concurso e assumir o cargo em 11 de março de 2011.
Como professor, Adavilso trabalhou trinta anos só em Tangará da Serra e muitos profissionais que estão hoje no mercado de trabalho foram orientados por ele e exercem carreiras de sucesso. Em algumas famílias, mais de uma geração de pessoas receberam ensinamentos do Adavilso.
O Professor Adavilso como era conhecido, embora já estivesse afastado há dez anos das salas de aula, teve uma relação bem intensa com a comunidade, tanto no setor público quanto no terceiro setor. No público foi Secretário de Educação do Município durante a gestão do Prefeito Manoel Ferreira de Andrade, período em que a educação municipal passou a sofrer expressivas modificações com a construção de novas escolas, capacitação de professores e outros feitos importantes.
Foi membro atuante do Rotary Clube Tangará da Serra, onde inclusive assumiu a presidência no ano rotário 94/95 e é detentor de uma das maiores honrarias da instituição que é o título de “Companheiro Paul Harris”. Foi membro atuante da Maçonaria através da Loja Maçônica 13 de Maio onde chegou a colar o grau 33. Também atuou como campista dentro da Igreja Católica.
Apesar da sua intensa participação na comunidade, o Professor Adavilso tinha uma preocupação com o bem estar do seu próximo, envolvendo-se em movimentos que visavam corrigir distorções ou ajudar essas pessoas, simplesmente como contribuinte ou articulando grupos de voluntários para trabalhar nesse sentido.
Ele deixa esposa, uma filha e dois netos.
A Missa de Sétimo Dia ocorrerá neste sábado, 23, às 19h, na Igreja Matriz de Tangará da Serra.
Além das suas atividades na área educacional, o Professor Adavilso também era apaixonado por pesquisas, especialmente as eleitorais e sempre ajudou amigos que envolviam-se na política, realizando trabalhos voluntários para apurar suas posições nos mais diversos pleitos.
Há alguns anos voluntariou-se ao trabalho que nós implantamos aqui no Diário da Serra, coordenando as atividades de pesquisa que passamos a realizar no campo eleitoral com a finalidade de conhecer a intenção de voto do eleitorado tangaraense para posterior divulgação no jornal, até como forma de regrar, com informações seguras e corretas, a realidade dos cargos em disputa.
No ano que passou ampliamos ainda mais essa parceria realizando o mesmo trabalho em diversas outras cidades da região. “O Professor Adavilso era um profundo conhecedor da atividade e foi muito importante para o sucesso que alcançamos nos trabalhos realizados. Perdemos um grande profissional e um grande amigo pessoal”, afirmou Mano Reski, diretor do DS.