Ela trabalhou por apenas dois meses no comércio da vítima, no final do ano passado
As Polícias Militar e Judiciária Civil de Tangará da Serra prenderam neste final de semana duas pessoas acusadas de terem roubado e matado o comerciante José Pereira Netto, de 81 anos, na noite da última quinta-feira, 11. Ele era conhecido na cidade por vender plantas medicinais e estava dormindo quando invadiram o local para roubar.
O primeiro suspeito foi preso pela Polícia Militar no sábado, 13, próximo a rodoviária, região central da cidade. Imagens de câmeras de segurança mostram quando ele pula a grade e 50 minutos depois sai tranquilamente. Ele confessou a participação no crime. O suspeito já tem passagens pela polícia por furto e apropriação indébita.
Já no domingo, 14, a Polícia Civil chegou até a segunda suspeita. “Conseguimos no plantão judiciário a decretação da prisão da ex-funcionária da vítima do latrocínio, apontada nas investigações como mentora do crime”, contou o delegado Adil Pinheiro de Paula, ao explicar que ela trabalhou por apenas dois meses no comércio da vítima, no final do ano passado, e tinha todas as informações privilegiadas de onde havia dinheiro e, principalmente, “da facilidade que encontrariam por ser um senhor de 81 anos”.
De acordo com o delegado, a crueldade em que foi tratada a vítima, justamente partiu dessa ex-funcionária que estava com raiva por ter sido demitida. “A tortura praticada demonstra que a pessoa tinha sentimento de vingança, pessoal. Que não queria apenas roubá-lo e sim torturá-lo realmente, tanto que as investigações apontam para a prática de tortura e latrocínio, crimes em conjunto”, reforça, ao destacar que ainda dependerá da conclusão do inquérito, mas, a princípio, ela responderá pelos crimes de tortura e latrocínio.
O primeiro envolvido preso, de acordo com o delegado, teve participação efetiva no crime, contudo quando entrou na residência a vítima já estava com os pés e mãos amarrados e desacordado, em decorrência das agressões praticadas por esta ex-funcionária. “Os dois residiam em quitinetes, atrás de um bar, e essa ex-funcionária convidou ele para fazer o roubo. Ele, até então, entendeu que seria um roubo”.
O delegado acredita ainda que uma terceira pessoa esteja envolvida. “Já localizamos duas pessoas, as duas estão presas (…) e estamos investigando se existe ou não a participação de mais uma pessoa, mesmo que seja de menor importância, pois a princípio uma pessoa teria ajudado a outra a pular o muro, entrar na residência. Ainda vamos investigar a culpa desta terceira pessoa”.
Com informações Gilvan Mello – Serra FM
