Ações no abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto
O prefeito de Tangará da Serra Vander Masson (PSDB) apresentou oficialmente na manhã desta segunda-feira, 15, o novo diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Heliton Luiz de Oliveira. Servidor efetivo municipal desde 1995, Leto, como é conhecido, será a partir de agora responsável por alguns dos principais serviços públicos do Município: a água, o esgoto e o aterro sanitário.
Em coletiva à imprensa, além da apresentação do Heliton de Oliveira como novo diretor do Samae, o prefeito aproveitou ainda para apresentar um diagnóstico da atual situação da autarquia e desafios da nova gestão para garantir saneamento básico à população tangaraense, incluindo abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto e destinação correta de lixo doméstico através do aterro sanitário.
“Atualmente contamos com a captação de água bruta do córrego Queima Pé para o tratamento e abastecimento de nosso município. Esse manancial, no período de estiagem, tem a sua vazão reduzida significativamente e, as represas existentes não conseguem suprir a coleta de água bruta necessária para manter a captação total para o abastecimento”, pontuaram, ao lembrar que em 2016 e em 2020, a cidade enfrentou situações críticas de escassez de água, ocasionando problemas sérios de abastecimento.
Além disso, contaram que receberam o Samae em situação crítica, sendo que alguns setores estão sucateados, com tecnologias obsoletas e necessitando de adequações urgentes para evitar desabastecimento. “Atualmente, por exemplo, nós temos água nas represas, mas não temos capacidade de armazenamento de água tratada. Estamos parando o tratamento a meia-noite, pois não temos onde guardar a água tratada, por falta de reservatórios”, disse o Chefe do Executivo Municipal.
Para resolver problema de abastecimento de água, apresentaram 11 ações que estão sendo e/ou serão desenvolvidas para resolver o problema do abastecimento de água em Tangará da Serra.
A primeira delas é a captação de água do Rio Sepotuba, cujo processo está em revisão para atender as recomendações do Ministério Público (MP/MT) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), incluindo projetos e licenças ambientais.
A segunda ação que está sendo feita pela atual gestão para garantir abastecimento na cidade é a captação de água dos córregos Russo e Estaca.
“Estamos viabilizando a autorização dos proprietários, a licença ambiental, além de projetos elétrico, hidráulico e financeiro para execução desta importante ação”, disse o prefeito.
Outras ações: recuperação da nascente do Rio Queima Pé; construção de no mínimo seis poços artesianos; conclusão e execução do projeto de ampliação da ETA existente e implantação de três ETAs metálicas modulares e reforma da existente para ampliação da capacidade de 320 litros por segundo para 695 litros por segundo; entre outros.
Foram apresentados também as ações nas áreas de tratamento de esgoto e aterro sanitário.
O Samae também é responsável pela captação, tratamento e destinação do esgoto da cidade. A nova gestão encontrou inúmeros desafios e problemas para serem sanados e dar garantia de acesso ao serviço a toda a população. A começar pelos impacto sofridos pelo Rio Ararão, manancial que recebe o esgoto tratado da cidade.
De acordo com o prefeito Vander Masson e o diretor do Samae, Heliton Oliveira, atualmente o Rio Ararão não tem capacidade de absorver a quantidade de esgoto lançado em virtude de sua baixa vazão, sendo assim, com o crescimento populacional do Município, o rio não tem mais capacidade para suprir toda a demanda.
“Para sanar essa situação, há previsão do emprego de um novo rio para a diluição do esgoto tratado, o Rio Sepotuba, cujo projeto, em processo de elaboração, com previsão de execução da obra e início das operações em 2023”, disse Leto.
Quanto a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) algumas ações corretivas deverão ser desempenhadas ainda este ano, como a manutenção do corte da vegetação, sinalização de riscos associados nas dependências da ETE, manutenção das geomembranas das lagoas, que estão há mais de 8 anos sem qualquer reparo, dragagem do lodo depositado no fundo das lagoas, que se encontram com volume acima do permitido, em virtude da falta de limpeza pela gestão anterior.
“Há limitação na capacidade de esgotamento e tratamento, uma vez que as obras não foram concluídas nos prazos estipulados pelo cronograma, ocasionando as perdas das licenças necessárias para a continuidade do empreendimento. Para a solução do problema estão previstas ações como a construção de três elevatórias e rede alimentadora para interligar os 22% de rede existentes e ainda não ligadas nas regiões da Vila Horizonte, Cohab Tarumã e demais bairros adjacentes”, relata o novo diretor do Samae.
Em relação ao Aterro Sanitário, as adequações já estão sendo providenciadas pela nova gestão. O diretor da autarquia, Heliton Oliveira, explica que o Samae terceiriza a operação do aterro sanitário, que recebe atualmente 4.400 toneladas de resíduos sólidos por mês, no entanto, o espaço está atuando sem licença de operação, em virtude da falta de adequação de algumas pendências junto a Sema.
“Apesar dos entraves ambientais, o Samae está mediando todos os caminhos para a regularização do Aterro Sanitário, para termos a licença de operação. Para a solução destes problemas, o Samae irá desenvolver ações que incluem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto à Sema, com um cronograma exequível pelo Samae para sanar as irregularidades observadas”, disse Leto.