Feriados seriam antecipados nesta e na próxima semana
O governador Mauro Mendes (DEM) enviará à Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (ALMT) nesta segunda-feira, 22, o projeto de lei para mudar datas de feriados como forma de fechar as principais atividades não essenciais do Estado e, assim, diminuir a circulação das pessoas e, consequentemente, o risco de contaminação pela covid-19.
A proposta do governador foi feita em videoconferência na última sexta-feira, 19, junto ao Gabinete de Situação para enfrentamento da Covid-19, em reunião convocada pelo Governo de Mato Grosso. Nela, Mendes sugere decretar feriado do dia 24 ao dia 26 de março (quarta a sexta desta semana), e também nos dias 1 e 2 de abril (quinta e sexta) da próxima posterior.
“Somando com os sábados e domingos, teríamos uma parada de cinco dias em uma semana e quatro na outra. Essa antecipação aumentaria o nível de distanciamento social, o que é fundamental para diminuir o contágio”, explicou o governador.
Empresários de todo o Estado, especialmente de Tangará da Serra, se manifestaram de forma contrária à proposta feita pelo governador Mauro Mendes.
“Se a população geral não se conscientizar de não aglomeração, não adianta. Esses feriados prolongados e mini-lockdown, etc, tende a piorar, porque as pessoas vão continuar se aglomerando, igual aconteceu nas festas de final de ano e carnaval”, destaca o representante da Associação Comercial e Empresarial de Tangará da Serra (Acits), Júnior Rocha.
Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Tangará da Serra (CDL), Alessandro Chaves, também é contrário a proposta.
“Não é a restringir o horário do comércio que vai conter a disseminação da Covid”, disparou.
“As medidas restritivas acabam caminhando para um revés, visto que geram a ociosidade das pessoas, oportunidade essa, pelos mais irresponsáveis, de promoverem aglomerações como eventos, festas e outros que não terão a devida fiscalização e, absoluta certeza, ferindo as principais medidas de segurança (uso da máscara e distanciamento social)”, completa com parte da Carta Aberta da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL/MT).