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TECNOLOGIA – Município estuda implantar fibra ótica para comportar câmeras do Vigia Mais MT

Rosi Oliveira / Redação DS 04/04/2024 Geral

Programa já tem 115 municípios habilitados, entre eles Tangará

Para Tangará da Serra são 386 câmeras

Município estuda implantar fibra ótica para comportar câmeras do Vigia Mais MT

Recentemente, o vereador Eduardo Sanches levantou na tribuna da Câmara Municipal o fato de que o Governo do Estado de Mato Grosso destinou aos municípios câmeras de monitoramento, quando para Tangará da Serra foram destinadas 386, que ainda não foram retiradas junto ao Estado.

O projeto Vigia Mais MT foi lançado pelo Governo do Estado em março de 2023 e já tem 115 municípios habilitados e 7.500 câmeras entregues. Em Cuiabá e Várzea Grande, a população já conta com cerca de 430 câmeras monitorando ruas, avenidas e praças.

Como resposta, o secretário de Planejamento Adão Leite Filho disse que não há inércia do Município para a retirada e instalação das câmeras na cidade, mas que há uma dificuldade estrutural que deu origem a um estudo que foi realizado, apresentado e entregue ao prefeito Vander Masson e ao Gabinete de Gestão Integrada (GGI) de Tangará da Serra.

De acordo com o secretário, o estudo apontou que a melhor opção seria a implantação pelo Município de fibra ótica, uma vez que hoje, a Prefeitura aluga esse serviço para imóveis de órgãos públicos e escolas, que custa aos cofres municipais cerca de um milhão de reais [ao ano].

“Foi feito um estudo detalhado com valores a serem empregados. O estudo mostrou que, se o Município implantar a fibra ótica, em dois anos pagará o investimento que será seu para, no mínimo, 10 anos sem problemas”,

informa Adão.

“Hoje seria inviável pagar o aluguel para instalar todas essas câmeras. Nosso aluguel iria para a casa dos cinco milhões [ao ano] e para  gente comprar a fibra, instalar, ser nossa, por volta  de seis milhões”,

ressalta o secretário ao pontuar que o Município se  livraria do pagamento realizado hoje e dos novos equipamentos que devem ser instalados.


“Não é só colocar a câmera, precisamos de toda uma estrutura”

Com a destinação das câmeras aos municípios através do projeto Vigia Mais MT, o governador Mauro Mendes pretende fortalecer a Segurança Pública, mas, com isso, os municípios ficam com todo o encargo de instalar e manter os equipamentos funcionando.

“São câmeras de alta performance e ao entendimento da Comissão de Tecnologia (Consegue), tem perfil de produto de duração de longo prazo”,

explicou o secretário de Planejamento Adão Leite Filho, ao lembrar que o Município tem a preocupação de não implantar sistemas que sejam bons em um primeiro momento, mas que viram problemas em curto espaço de tempo, como já ocorreu em Tangará da Serra com sistema de monitoramento que acabou ficando obsoleto e também sem manutenção, em um jogo de empurra de obrigações, virando sucata.

“O prefeito pediu e a gente teve esse cuidado de não deixar o dinheiro do contribuinte ir pelo ralo”,

completa.

Conforme o secretário, o prefeito Vander Masson não ventila a hipótese de implantar um sistema que gere problema e não solução. Atualmente além de necessitar implantar a fibra ótica, o Município precisará renovar todo setor de Tecnologia da Informação (TI), que já possui mais de 12 anos e não suporta o nível das câmeras destinadas ao Município.

“Essas não são câmeras convencionais, dessas instaladas em casa. São câmeras que carecem de estrutura diferenciada que nós, nesse momento, ainda não temos”,

disse Adão, ao explicar que elas funcionam com IP fixo e precisam de ponto de fibra ótica com IP fixo para cada câmera e que se estiverem bem próximas poderão funcionar duas com cada IP.

“Então, precisamos de 386 Ips fixos”,

pontua, lembrando que algumas são para para áreas rurais que carecem de internet via rádio.

Com o estudo realizado e apresentado, agora, aguarda-se o aval do prefeito, e após, o aval da Câmara Municipal.

“Não é uma coisa fácil e nós temos interesse que o processo seja implementado, mas não posso deixar de dizer que ele é complexo porque não é só colocar a câmera, precisamos de toda uma estrutura”,

ressalta Adão.

“Com o estudo entendemos que seja o melhor caminho a aquisição levando em conta a economicidade, o bom uso do dinheiro público e a durabilidade do projeto”.

Conforme Leite, com esse investimento e com esse número de câmeras, Tangará da Serra se igualaria a São José dos Campos, que, inclusive, já foi premiada pelo sistema e está sendo copiada pelo prefeito de São Paulo.



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