Às vítimas provavelmente foram mortas pela guerra de facções
A equipe de Polícia Judiciária Civil da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), junto a Divisão de Combate a Narcóticos da Delegacia Regional (Denarc), tomou conhecimento do desaparecimento de dois indivíduos na região do bairro Vila Nazaré, em Tangará da Serra.
De pronto, sob as ações coordenadas pelo Delegado Igor Sasaki, a equipe localizou uma das envolvidas no desaparecimento.
“A Polícia Civil vinha monitorando há meses dois gerentes do tráfico de drogas em Tangará da Serra e na quarta-feira, dia 29, recebemos informações de que dois jovens haviam desaparecido e a equipe da Denarc, que estava investigando esse caso, conseguiu localizar essa casa”,
informa o delegado, ao explicar que no local foram encontradas porções consideráveis de drogas e apetrechos ligados ao tráfico.
“Inclusive ela que levou os policiais da DHPP para o local onde os corpos estavam ocultados”,
detalha o delegado, ao explicar ainda que no local onde os corpos foram encontrados havia uma casa, que, segundo o delegado, pode ter sido utilizada como ponto para tortura das vítimas.
“Há suspeita que nesta casa ocorreu o tribunal do crime”.
Os corpos foram jogados em uma região de pasto no bairro Vila Nazaré. Pelos vestígios localizados, as vítimas foram amordaçadas e torturadas. Neste local um outro indivíduo acabou sendo detido, identificado como proprietário do imóvel.
“Ali foram encontrados materiais que podem ter sido usados para ceifar a vida das vítimas, mas isso os laudos periciais é que comprovarão”.
De início houve a divulgação de que seriam duas mulheres as vítimas, mas tratam-se de um homem e uma mulher, sendo que um deles adotava nome social diferente do documento de identificação.
Segundo os delegados Adil Pinheiro e Igor Sasaki, que trabalham em parceria no caso, a linha de investigação aponta para a guerra de facções.
“Eu como responsável pelo plantão recebi essa ocorrência e lavrei três flagrantes, sendo por ocultação de cadáver, tráfico de drogas e um outro apartado também por tráfico de drogas”,
ressalta o delegado da DHPP, Adil Pinheiro.
Conforme o delegado, a mulher detida é conhecida como ‘disciplina’ dentro da facção. As formas das mortes estão sendo investigadas, mas apontam que foram a golpes de barras de ferro ou materiais usados para cavar as covas.