Hortinbox, criada por estudantes da Unemat, dá mais um passo rumo à expansão com apoio da Google
O Vale do Silício pode estar longe, mas a inovação tem endereço certo em Tangará da Serra. A startup Hortinbox, criada por estudantes empreendedores locais, acaba de ser qualificada para participar do programa Google Cloud for Startups, iniciativa global que apoia empresas de base tecnológica em todos os estágios de desenvolvimento.
Para o diretor de tecnologia Marcos Vinicius de Oliveira dos Santos, de apenas 20 anos, o reconhecimento é fruto de um ciclo de conquistas iniciado há pouco tempo.
“A ideia de inscrever a empresa no Google for Startups surgiu depois que nos tornamos uma Startup Ouro certificada pelo Sebrae. É uma chance de evoluir tecnologicamente com os créditos que o programa oferece e, ao mesmo tempo, expandir o Hortinbox. Nosso propósito é simples e potente: trazer o cultivo hortaliças de volta para perto das pessoas, mesmo nas rotinas mais corridas”.
A diretora de produtos, professora Ludymilla Barboza da Silva Ogliari, relembra que tudo começou em 2024, em um evento que unia ciência e empreendedorismo.
“O Hortinbox nasceu durante o Startup.Bio, uma iniciativa que capacitou ideias voltadas à sustentabilidade dos biomas Amazônia, Pantanal e Cerrado. Lá aprendemos a transformar um sonho verde em negócio real”.
Desde então, a startup participa de programas como Inova Cerrado, Sebrae Startup, que ainda estão em andamento, consolidando-se como referência regional em bioeconomia e tecnologia sustentável.
Agora, com a chancela da Google, o time da Hortinbox se prepara para uma nova fase: participar de capacitações presenciais e on-line na sede da empresa em São Paulo, com acesso a mentorias, suporte técnico e quem sabe receber até US$ 200 mil dólares em créditos na nuvem, para utilização pela startup.
“É um passo gigante para nós, e para Tangará da Serra, mostrar que o interior também inova, empreende e transforma o mundo”,
conclui a diretora executiva da Hortinbox, Nayara Ribeiro de Oliveira, com brilho nos olhos de quem já cultiva o futuro.
Em 2024, uma ideia brotou dentro de uma sala de aula da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em Tangará da Serra, e logo ganhou vida fora dos muros acadêmicos. Levar o frescor de uma horta para dentro de casa, mesmo em meio ao concreto das cidades. Foi com esse propósito que nasceu a Hortinbox, startup tangaraense criada pela professora Ludymilla Barboza da Silva Ogliari e os estudantes Nayara Ribeiro de Oliveira, Marcos Vinicius de Oliveira dos Santos, Mary Hellen Solito Teixeira Cruz, Lavinia Luiza Rodrigues Costa e Brenda Barbosa Barcelos.
“Locais onde as pessoas não têm acesso a alimentos de qualidade são chamados de desertos alimentares. Pensando em sanar essa falta de alimentos frescos, criamos uma horta em caixa. Assim surgiu a Hortinbox”,
explica Ludymilla.
Ideal para pequenos espaços, o produto é um kit de horta portátil composto por uma caixa de papel personalizada com sementes, substrato fértil, vasos biodegradáveis e um aplicativo de cultivo. Diferente das hortas tradicionais, o sistema utiliza microverdes, que são plantas jovens de hortaliças como beterraba, rabanete, brócolis ou coentro, colhidas entre 7 e 21 dias, com sabor intenso e até 40 vezes mais nutrientes que as plantas adultas.
O projeto nasceu durante o Startup.Bio, programa voltado a cidades inovadoras e sustentáveis, realizado em parceria com Sebrae, Senai, Conecta TGA e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Desde então, a Hortinbox acumula conquistas: recebeu o selo Startup Ouro, participou dos programas Inova Cerrado e Start&UP, e foi pré-selecionada para o Google Cloud for Startups, que oferece mentorias e créditos em tecnologia.
