A decisão foi anunciada oficialmente em uma coletiva de imprensa, sem a possibilidade de perguntas dos jornalistas
Menos de 24 horas, os vereadores da Câmara Municipal de Tangará da Serra revogaram os Projetos de Resolução que instituíam o pagamento de auxílio alimentação aos parlamentares do município de Tangará da Serra, assim como o pagamento de auxílio saúde, no valor de R$ 2.500,00 cada. A aprovação tinha acontecido na última terça-feira, dia 11 de março, durante a 8ª Sessão Ordinária da Câmara.
A decisão da revogação foi comunicada oficialmente durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 12, na sede do Legislativo Municipal. O vereador Fabio Brito (Republicanos), que conduziu a coletiva, destacou a importância da participação popular, mas que uma parcela da população não teria compreendido o projeto.
“Diante da falta de compreensão por parte de uma parcela da população, esta Casa de Leis reconsidera o projeto e irá propor a sua revogação, atendendo assim a vontade popular”,
afirmou Brito.
Ao lado dos demais parlamentares, o vereador explicou ainda que o projeto, que previa os benefícios aos vereadores, seria custeado exclusivamente pelo orçamento do Poder Legislativo, sem impacto direto nas finanças da Prefeitura ou nas verbas destinadas às áreas essenciais, como saúde e educação.
“Queremos esclarecer que o projeto referente aos auxílios dos vereadores seria custeado exclusivamente pelo orçamento do Poder Legislativo, sem impactar em nada no orçamento da Prefeitura e sem afetar as áreas essenciais. Caso houvesse um impacto negativo, jamais seríamos a favor de tal projeto e sequer esse projeto iria existir”.
No comunicado, os vereadores repudiaram os ataques e agressões contra eles e seus familiares, e que teriam sido alvo de ameaças devido à polêmica em torno do projeto. Segundo a nota lida por Brito,
“infelizmente alguns indivíduos inflamaram a população, incentivando possíveis agressões, o que deixou vereadores e seus familiares apreensivos. Tal atitude é condenável e inaceitável”.
Durante a leitura do comunicado, os parlamentares que estavam presentes se mantiveram calados e com semblante fechado. A coletiva não deu a possibilidade de perguntas por parte dos jornalistas presentes, pois, segundo Fabio Brito, todas as dúvidas já estavam sendo respondidas no comunicado.
