Diário da Serra
Diário da Serra

CDP DE TANGARÁ DA SERRA - Reenducando dividia cela com outras 13 pessoas e todas são suspeitas de homicídio, afirma delegado

Redação DS 05/06/2025 Polícia

Adilson Muniz estava preso desde dezembro passado por porte ilegal de arma de fogo

Delegado Igor Sasaki

Um reeducando do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Tangará da Serra, identificado como Adilson Muniz, de 36 anos, foi encontrado morto em sua cela na última terça-feira, 3 de junho, por volta das 6h20. Dilsinho, como era conhecido, ficava junto com outras 13 pessoas.

Conforme informações do boletim de ocorrência, inicialmente os agentes foram acionados por outros reeducandos, que informaram que Adilson havia cometido suicídio. Ele foi encontrado no fundo da cela, pendurado próximo ao banheiro.

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e Instituto Médico Legal (IML), além da Polícia Judiciária Civil, estiveram no local para os procedimentos necessários.

No entanto, durante perícia, foram encontrados indícios de que a vítima teve suas mãos amarradas e tinha lesões pelo corpo. “A gente percebeu várias lesões que não tinham ligação nenhuma com o suicídio, porque essa vítima foi amarrada antes de ser colocada numa suposta posição de suicídio”, informou à imprensa, nesta quarta-feira, 4, o delegado Igor Sasaki.

“Estou em contato direto com o legista, desde ontem [terça], falando diretamente sobre esse caso, e ele já mostrou também algumas circunstâncias que não indicam um suicídio, mas sim um homicídio que aconteceu dentro dessa cela na cadeia pública”,

afirma, ao destacar que a vítima dividia a cela com outros 13 reeducandos, sendo que todos são suspeitos desse crime.

“Há sinais de que essa pessoa foi submetida a uma força física muito maior do que a dela, provavelmente não só uma pessoa. Ela tem lesões por todo o corpo, indicando que, de fato, aconteceu ali um homicídio, e simularam, com o intuito de atrapalhar as investigações, de tentar confundir as investigações, um suposto suicídio. A Polícia Civil tem as formas de investigar, a gente já deu início aos trabalhos, é prioridade absoluta das nossas equipes. Estamos todos empenhados e esperamos o mais breve possível dar uma resposta”.

Adilson Muniz estava preso desde dezembro passado por porte ilegal de arma de fogo.
 

Diário da Serra

Notícias da editoria