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73ª REUNIÃO ORDINÁRIA - Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Sepotuba apresenta projeto de recuperação de áreas degradadas em Tangará da Serra

Rosi Oliveira / Redação DS 09/06/2025 Geral

O projeto visa a restauração ambiental de áreas críticas da bacia, com forte envolvimento comunitário

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Foi realizada na última sexta-feira, 6 de junho, a 73ª Reunião Ordinária do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Sepotuba, no Plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Tangará da Serra. O destaque do encontro foi a apresentação do projeto

“Recuperação de área degradada do Rio Sepotuba e das sub-bacias dos rios Queima Pé e Ararão na região de Tangará da Serra”,

classificado pelo Edital de Chamamento Público nº 1/2024 do Ministério da Agricultura e Pecuária (SDI/MAPA).

Coordenado pela equipe do Instituto Técnico de Educação, Esporte e Cidadania (ITEEC BRASIL), o projeto visa a restauração ambiental de áreas críticas da bacia, com forte envolvimento comunitário.

A doutoranda em Agricultura Tropical pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Thalita Palácio, representou o ITEEC BRASIL durante a apresentação e explicou como o projeto será executado.

“Nosso propósito é iniciar um trabalho de recuperação das áreas de preservação permanente do Rio Sepotuba, envolvendo pequenos e grandes produtores da região”,

explicou, ao destacar que o projeto tem previsão de início das atividades em até 60 dias e vai além do reflorestamento, contempla também educação ambiental e mobilização social.

Representante do Instituto Gaia e membro do Comitê de Bacia do Sepotuba, Clóvis Bailante, destacou a relevância da iniciativa no contexto do planejamento dos próximos anos.

“O projeto chega em um momento estratégico, alinhado com o nosso Plano de Recursos Hídricos. A restauração de áreas degradadas, especialmente de APPs e reservas legais, é essencial para a recarga dos aquíferos e para a segurança hídrica da região”.

Bailante também ressaltou que o projeto contempla intervenções fundamentais para a bacia, como curvas de nível, barragens, infiltração de água e plantio de árvores nativas, com foco na recuperação de pastagens degradadas, integrando práticas produtivas com a conservação ambiental.

Presente na reunião, o produtor rural Mário Sérgio de Santos reforçou o papel da sociedade no enfrentamento dos desafios ambientais.

“Hoje reconhecemos os erros do passado quanto à falta de cuidado com o meio ambiente. Agora é hora de corrigir com investimentos e ações como o replantio da vegetação nativa. A união entre órgãos públicos, entidades privadas e sociedade é essencial para manter os mananciais de água em condições sustentáveis”.

Com um investimento estimado em R$ 14,8 milhões, o projeto destinará 35% dos recursos à recuperação ambiental e reflorestamento, 30% à infraestrutura e equipamentos, 25% a recursos humanos e capacitação, e 10% ao monitoramento e gestão.

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