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Eu continuo prestando atenção

Lévender Mattos 13/06/2019 Artigos

O hábito de tentar ler e escrever me auxilia a tratar das crises de ansiedade

Artigo - Eu continuo prestando atenção

Eu continuo prestando atenção

Muitas pessoas me perguntam se as estórias são reais, se de fato acontecem? Como eu tenho tantas? Na verdade, não são minhas, sou mero coadjuvante, os protagonistas são sempre os mesmos. Eu só presto atenção!


Outras várias tratam como se fossem frequentadoras diárias de casa, ou me perguntam de forma entusiasmada sobre o tal "Enzo" e “Gabe” e agora sobre o tal "Théo", sem nunca os terem visto pessoalmente, somente acompanhando suas peripécias e causos pelas redes sociais.


Bom! A resposta é sim, todas as crônicas acontecem e com uma constância fantástica, ser pai é de fato a melhor coisa que existe! E que me aconteceu.


Relato porque moramos longe de muita gente que nos queriam por perto, só nós e nossos malabarismos, escrevo para que sintam a evolução diária dos serumaninhos e a minha felicidade incrível com a paternidade.


Escrevo principalmente por que eles vão crescer e certamente eu irei me esquecer. Vou voltar e reler muitas e muitas vezes isso aqui, muitas!


Li poucos livros até hoje, fico desconfortável com a maioria dos textos que escrevo e inseguro em torná-los públicos. Não gosto de falar em público e me apresentar. Tenho problemas de dicção. Não leio tanto o quanto devia, mas me esforço bastante. Sou desatento, e tendo a prestar atenção só no que me interessa.


O hábito de tentar ler e escrever me auxilia a tratar das crises de ansiedade. Tenho tentado meditação também. Em certa altura da vida, nenhuma dessas dificuldades me impediu de passar a dedicar algumas horas por semana em buscar alguma inspiração. Causos. Passagens da infância. Dia a dia como pai, relatos principalmente de bons momentos e boas lembranças.


As primeiras coisas que escrevi foram no período do casamento, em que criamos e editamos um site. Na época escrevi "como o casal se conheceu", em 6 meses site saiu do ar, tudo se apagou.


De lá para cá, de forma esporádica, passei a escrever com mais regularidade, textos sem pretensão, coisas para a família, coisas para mim. Incentivando pela minha esposa, criei até uma página. De antemão a insegurança veio à tona, escrever o que? Para que? Quem vai querer ler? E principalmente, um dia a inspiração vai acabar, e provavelmente eu não consiga escrever mais nada.


No início eu tinha vários arquivos, muitos textos disponíveis, que pouco a pouco fui publicando, mas logo findaram, e agora? Agora eu continuo prestando atenção nas coisas e escrevendo quando dá. Algumas coisas eu publico, outras não. O que me inspira? Sei que minha inspiração diária tem nome e sobrenome, uma imaginação fantástica, e me chamam de "pai".


Faço para mostrar para eles que independente das limitações, pessimismo e insegurança, é possível! E que devemos buscar inspiração sempre, em tudo que nos propusermos a fazer bem. Minha terapia diária, a melhor parte de mim, minha inspiração, Filhos! As vezes o texto fica bom, outras não! Esse eu não sei!

Lévender Mattos
Xômano de VG. Rabisca como passatempo inspirado pelos filhos, Gabriel, Enzo e Théo. É apaixonado pela Paternidade e pela Patrícia Fernanda. É idealizador da página @paiterapia com fotos e textos autorais. É desatento, mas as vezes presta atenção.



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