Tangaraense esteve em base que será reinaugurada hoje
Meses após ter participado da Missão Antártica, espécie de apelido dado ao 9º Voo de Apoio à Operação Antártica XXXVII do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), o fuzileiro da Marinha Aldo Silva relatou a experiência de pisar no continente mais frio do planeta, localizado no extremo sul do globo terrestre.
“Para mim, a princípio foi uma surpresa quando eu fui convocado em missão especial para compor esse corpo científico que foi deslocado para a Antártida e ao mesmo tempo foi um orgulho para mim fazer parte de um grupo tão qualificado quanto os técnicos que foram para o continente branco”, destacou.
À época, no fim de agosto do ano passado, Aldo embarcou com cerca de 20 companheiros para o continente. Por lá, eles ficaram alojados na Base Militar Comandante Ferraz, que inclusive será reinaugurada nesta quarta-feira, 15, pelo vice-presidente da República Hamilton Mourão. Sobre os trabalhos enquanto lá esteve, a avaliação de Aldo foi positiva.
“Foi uma operação de apoio às unidades de pesquisa do Ministério da defesa, operado pela Marinha e Aeronáutica juntos, compondo um corpo científico com objetivo de estudar o efeito estufa e também marcar território, mostrar que o Brasil está presente na Antártida, colocar as tecnologias que nós temos a serviço do meio ambiente”, acrescenta.
Segundo Aldo, 11 lançamentos de carga foram realizados pelo grupo de trabalho e os deveres da missão foram cumpridos com sucesso, mesmo com o frio de -55ºC
“Acredito que agora com novas instalações, a pesquisa lá vai ter um resultado melhor. Não sei se vou voltar lá na Antártida ainda, mas foi uma experiência. Entrei numa fria, 55 graus negativos que eu nem fazia ideia que pudesse suportar, mesmo com todo o equipamento, toda a segurança que se tem. Acho que é além do que o ser humano pode suportar, mas a tecnologia ajuda muito e foi um sucesso”, concluiu.
