Apesar das críticas, candidata promete campanha limpa: "Ninguém quer ódio"
Candidata ao governo de Mato Grosso, a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), endureceu o tom durante seu discurso ao defender os servidores públicos. Classificou o aumento da alíquota de contribuição para os aposentados como "uma vergonha".
"Temos que cuidar dos nossos funcionários públicos, que estão humilhados, dos nossos aposentados taxados, o que é uma vergonha. Depois de contribuir a sua vida inteira, e no momento mais oportuno, da aposentadoria, do descanso, tiram uma fatia da sua renda, da sua tão pequena renda e que é tão necessária. Não podemos deixar isso acontecer! Temos que valorizar os servidores públicos",
disse durante a convenção da Federação Brasil da Esperança, formada pelo partido dela, o PT e o PCdoB.
Durante a gestão de Mauro Mendes (União Brasil), candidato à reeleição, houve o aumento da alíquota para 14% para ativos e inativos. Contudo, os deputados estaduais conseguiram aprovar e ter sancionada a Lei Complementar 700/21, que garantiu isenção para aposentados e pensionistas sobre o valor de R$ 3,3 mil para quem recebe até R$ 9 mil. Também ficaram isentos os inativos portadores de doenças rarasincapacitantes que recebem até um teto do INSS, cerca de R$ 6,4 mil.
Márcia também voltou a defender políticas públicas com cunho social, voltadas ao atendimento dos mais vulneráveis. Refez o questionamento sobre o "caixa cheio, no azul, e o povo no vermelho".
"A quem interessa?".
E mencionou a fila dos ossinhos, que se tornou símbolo do retorno da fome no Brasil, com direito a enredo em desfile de escola de samba neste ano.
"Não podemos permitir que o caixa esteja cheio, no azul, e as pessoas no vermelho. A quem interessa isso? O Estado não tem que ter lucro, tem que ter dinheiro para investimentos e planejamentos? Claro. Porém, esse dinheiro tem que ser revertido à população e não está sendo. Não podemos ter fila dos ossinhos com o caixa abarrotado de dinheiro. Isso é desumano!".
A candidata assegurou que pretende fazer uma campanha propositiva, sem baixaria.
"Eu tenho certeza de que mudaremos a história de Mato Grosso, com uma gestão humanizada. Nosso propósito é o de fazer uma campanha limpa, respeitosa. Ninguém quer ódio, ninguém quer briga".