Qualquer um pode se tornar um líder em seu segmento, trabalho ou comunidade, desde que se dedique a aprender a aplicar elementos fundamentais à liderança
Afinal, o que realmente significa a liderança? Penso que seu conceito vem se tornando cada vez mais incerto, uma daquelas palavras degeneradas a que são atribuídas uma infinidade de significados e, por essa razão, acabam por não significar nada.
Muitos pensadores, acadêmicos e gurus refletiram exaustivamente sobre isso, destrinchando a liderança em seus componentes, de forma que hoje é ilusão pensar que liderar pessoas é uma habilidade inata, exclusiva a poucos privilegiados por uma genética misteriosa.
Na verdade, qualquer um pode se tornar um líder em seu segmento, trabalho ou comunidade, desde que se dedique a aprender a aplicar elementos fundamentais à liderança. Mas antes de falar do que realmente se trata a liderança e quais são seus elementos fundamentais, permita-me contar um conto que pode abrir sua percepção em relação ao assunto, ele se chama ‘’Os Três Leões’’.
A pergunta a se fazer aqui é: meu liderado sabe exercer a função? Já possui as competências necessárias para executar de maneira ótima o que se é esperado dele?
Esse ponto tem a ver com as habilidades e capacidades específicas para se executar determinada função, quando o time não sabe executar, é natural que a performance não seja a esperada.
Aqui, a questão já toma um viés diferente, se perguntar: meu liderado quer exercer seu papel? Está motivado e engajado?
Por muito tempo se pensou que a motivação não era algo em que os líderes pudessem atuar e que seria de inteira responsabilidade do liderado. Esse raciocínio está apenas parcialmente correto, pois embora a motivação seja, sim, responsabilidade de cada um de nós, hoje se sabe que excelentes líderes desenvolveram a capacidade de entender do ser humano e motivá-lo, engajá-los, nos objetivos do time.
Ou seja, embora cada indivíduo seja responsável pela sua motivação e energia no dia a dia, o líder tem uma grande parcela de corresponsabilidade pelo engajamento geral de seus liderados.
Esse é o ponto mais crucial, se perguntar: o liderado tem forças de caráter suficientemente bem desenvolvidas para estar no cargo? Ou seja, ele pode fazer o que se propõe?
Imagina só alguém que não tem integridade ou honestidade em uma delicada operação financeira, ou um indivíduo que não tem bravura ou persistência em um projeto extremamente desafiador, fica claro a importância do caráter, não é mesmo?
Desta forma leitor, na próxima vez em que você se encontrar diante de um desafio com um determinado liderado, pense por um momento e se faça as seguintes perguntas:
• ele saber fazer? Possui as competências necessárias?
• ele quer fazer? Está motivado e engajado?
• ele pode fazer? Tem as qualidades de caráter necessárias?
Se o problema for de competência, fica fácil. Treine-o até que se torne um exímio executor. Se o desafio for motivação, aprenda, rapidamente, os fundamentos para motivar pessoas.